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Artigo de Opinião

Vice-presidente da ALRAM

25/04/2023 08:00

Passam 49 anos desse dia, e estando tão perto de comemorar os 50 anos do dia mais importante da história recente do nosso País, é importante refletir sobre o que nos trouxe o 25 de abril, mas sobretudo perspetivar que caminhos devemos seguir, para onde queremos evoluir.

Ao longo dos últimos anos vivemos tempos mais ou menos conturbados, mais ou menos felizes, de maior ou menor prosperidade. O povo português, habituado a tempos de sacrifícios e a ultrapassar grande obstáculos, porventura esperava que decorrido quase meio século, o País estivesse com outro tipo de indicadores, com outro tipo de situação económico-social.

A verdade é que continuamos à espera de ver os valores de abril traduzirem-se em desenvolvimento, em progresso, em paz social, em estabilidade. Com os Governos de António Costa, nada disso se alcançou. Pelo contrário, estamos cada vez mais empobrecidos.

Hoje deparamo-nos com greves em vários setores, com ruinosas decisões em empresas públicas, com demissões em catadupa no Governo da República, com o caos na saúde e na educação, com ministros e Primeiro-Ministro que faltam à verdade.

Na ‘véspera’ de assinalarmos os 50 anos do 25 de abril, é necessário refletir se aquilo que queremos para Portugal, é aquilo que este(s) Governo(s) socialista(s) nos têm dado.

Os professores estão novamente em greve, que já se arrasta há largos meses, uma vez que, ao contrário do que fez o Governo Regional, o Governo da República não reconhece o tempo de serviço e não regulariza a carreira docente. No ano letivo transato, tivemos mais de 26 mil alunos sem aulas.

Na saúde, já não são novidade as demissões das administrações de hospitais, das chefias de serviço, isto para não falar da greve realizada no passado mês de março na esmagadora maioria de hospitais e centros de saúde de Portugal continental. Numa área em que a anterior ministra demitiu-se antes de completar 6 meses da nova legislatura.

Nos transportes, é já extenuante para todos nós o caso TAP. Diariamente somos bombardeados com novas informações, que regra geral, contradizem tudo aquilo que o Governo da República foi dizendo ao longo dos últimos meses. Mais grave: afinal já se percebeu que a privatização da empresa, realizada por Pedro Passos Coelho e revertida por António Costa, teria sido muito menos onerosa para os contribuintes, que já despejaram milhares de milhões de euros na transportadora de bandeira nacional.

Só entre os dias 1 a 18 de março, segundo a revista Visão, tiveram lugar 10 manifestações.

Os sucessivos programas de habitação têm sido um autêntico fiasco, como já abordei num artigo anterior, sendo que o Programa "Mais Habitação é um autêntico logro e só trará mais carências habitacionais, como também já mencionei no artigo do mês passado, aqui no JM.

E o que dizer da marcha-atrás efetuada pelo Governo Socialista na questão das pensões? Depois de meses de alertas por parte de toda a oposição, de vários quadrantes da sociedade, inclusivamente de distintos e reputados socialistas, António Costa finalmente admitiu o seu erro e decidiu fazer cumprir a lei, devolvendo os rendimentos aos pensionistas, que ele próprio havia retirado. Se não fosse a pressão a que foi sujeito, este Governo nunca teria emendado o seu erro e estaríamos perante uma das maiores injustiças cometidas contra os nossos reformados e pensionistas.

Felizmente, o 25 de abril trouxe-nos, aos povos insulares, a autonomia pela qual tanto lutámos e ansiávamos. A capacidade de decidirmos por nós próprios aquilo que queremos para a nossa Região, com órgãos de Governo próprio, leva a que o panorama na Região seja diametralmente oposto àquilo que se verifica no continente. Vivemos um clima de paz social, um período de crescimento, e estamos de baterias apontadas para o futuro.


Post-Scriptum: Celebrar o 25 de abril, expoente máximo da democracia, da liberdade em Portugal, convidando para discursar no Parlamento Português alguém que não condena de forma clara e inequívoca a invasão Russa à Ucrânia, afirmando que a responsabilidade deste conflito é dos dois países, mas ainda da União Europeia e também dos Estados Unidos, não se coaduna com os princípios e valores de abril, e não se coaduna com os meus princípios. Intolerável!

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