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Artigo de Opinião

Vice-presidente da ALRAM

12/06/2021 09:00

A vontade do povo madeirense em ver na Região as celebrações que constituem o expoente máximo de Portugal e da Portugalidade, era evidente. Esta vontade deu-se, não só pelo adiamento de dois anos, como também, e em particular, pelo anseio de se encontrarem soluções para várias questões pendentes entre a Região e o Estado Português.

Pela forma entusiasta, patriótica e emocionada como os madeirenses participaram nas comemorações do 10 de Junho, ficou bem patente o nosso "sentir" Português. Somos tão portugueses, como qualquer cidadão de outra parte do país, sem esquecer também todos os emigrantes, que levam Portugal aos quatro cantos do Mundo. Orgulhamo-nos de ser portugueses.

Mas esse orgulho, tão enraizado no povo madeirense, não implica o abandono, ou sequer esmorecimento na defesa da causa que a todos nos une: o aprofundamento da autonomia. Uma causa que atravessa gerações e reúne consensos. Aliás, só com a conquista da Autonomia, quer por parte da Madeira, quer por parte dos Açores, é que Portugal se tornou uma Nação una.

A esperança que nós, madeirenses e porto-santenses, acalentamos, é a de que ao assinalar o 10 de Junho na nossa Região, seja possível registar efetivos e derradeiros avanços em matérias essenciais para o nosso futuro. Refiro-me à revisão da Lei das Finanças Regionais, à revisão do subsídio de mobilidade aérea, a ligação marítima de passageiros entre a Região e o continente português, ao financiamento do novo hospital (para o qual o Governo do Primeiro Ministro António Costa continua a descontar o valor dos hospitais Dr. Nélio Mendonça e dos Marmeleiros), às dívidas dos subsistemas de saúde, entre outros dossiers para os quais urge encontrar solução.

Nestas comemorações a Região não fez mais do que aquilo que até aqui tem feito: saber receber quem nos visita, com hospitalidade e em segurança, mas sem deixar de reivindicar aquilo que é nosso por direito. Mais e melhor Autonomia. E não nos podemos esquecer, que Portugal será mais Portugal, quanto mais Autonomia as suas Regiões possuírem.

Rubina Leal, vice-presidente da ALRAM, escreve

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