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Artigo de Opinião

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16/08/2023 08:00

Recentemente fomos confrontados pelo Reino do Pineal, uma propriedade que quer autoproclamar como um país dentro do nosso território, estabelecendo suas próprias leis e costumes, à parte da Lei Portuguesa. Desde desafiar as reuniões da Câmara de Oliveira do Hospital, afirmando a independência, até a recusa em fornecer cuidados de saúde às crianças, descendentes dos seus seguidores, o dilema levanta questões sobre os princípios fundamentais e responsabilidades. É uma panóplia de ginásticas sociais que este autodenominado Reino do Pineal alega ser ou ter. Após a morte trágica de uma criança de 14 meses, onde os cuidados médicos foram negados em nome de princípios questionáveis, as autoridades como fizeram, após a reportagem da Visão, averiguar o que se passou e confrontar tudo o que se passou.

Uma "herdade" que ignora o registo e o cuidado das crianças, enquanto afirma a sua própria autonomia, levanta preocupações sobre impunidade. A investigação de autoridades revelou uma série de irregularidades, incluindo a alegada morte e práticas que desafiam normais legais e sociais, tendo até colocado na casa de acolhimento a mulher e um dos filhos do líder desta seita. As respostas do Estado Português diante desses desafios tornam-se cruciais, para assegurar a integridade das leis nacionais e internacionais. Atenção, este grupo possui muitos beneméritos ricos, tal como um jogador de futebol, logo muito dinheiro dos seus seguidores. O que é estranho, no mínimo! Este mesmo grupo tem interesse em comprar uma ilha ou até ir para os Açores, se calhar ainda se lembram de ir para as Selvagens ou Desertas.

Paralelamente, casos recentes de Justiça, como o de Jéssica Biscaia, de 3 anos, destacam a importância do sistema judicial eficiente e transparente. As condenações com 25 anos, infelizmente, neste caso sentimos que foi pouco. A menina que foi deixada pela mãe como "caução" de uma divida de bruxaria, foi brutalmente agredida e violentada... Um dos únicos casos que vimos o juiz à porta do tribunal a explicar a sentença e bem, é isto que deve ser a justiça, é esta justiça que deve ser replicada a todos os processos, célere, clara e aberta à população. Infelizmente, a menina Jéssica não está cá, com a pureza dos seus 3 anos, uma menina que estava sinalizada desde o primeiro mês pela CPCJ, mas alegadamente nada foi feito. Este caso fez o país emocionar-se e a querer justiça!

Algo semelhante aconteceu com a Valentina, uma criança de 9 anos, em Peniche que foi queimada viva e depois ficou em sofrimento, pelo próprio pai e ajudado pela madrasta, o primeiro condenado também a 25 anos e a madrasta a 18 anos, estas condenações que já transitaram em julgado.

A Justiça, muitas vezes criticadas por todos nós, soube estar à altura dos acontecimentos e respondeu firmemente e aplicou as leis!

Neste contexto, não podemos ignorar as palavras de John F. Kennedy: "As crianças são o recurso mais valioso e a sua esperança para o futuro." Cuidar das crianças é um dever coletivo, essencial para o desenvolvimento de qualquer nação. Gabriel García Márquez resumiu essa responsabilidade: "Uma nação que não cuida das suas crianças não tem futuro e merece o desprezo de todos." Cabe a todos nós, como uma nação, garantir o bem-estar das nossas crianças, para construirmos um futuro próspero e respeitável.

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