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Artigo de Opinião

Deputada do PSD/M na ALRAM

3/02/2021 08:05

A palavra resiliência tem sido muito utilizada para descrever o comportamento humano. Na área da psicologia, fala-se que uma pessoa é resiliente quando se mostra capaz de voltar ao seu estado habitual de saúde, quer do ponto de vista físico ou mental, após passar por uma experiência difícil. Assim, de forma simples, podemos definir resiliência como a capacidade de enfrentar e superar adversidades.

Para definir o comportamento resiliente, é preciso levar em conta dois fatores: crise e superação. Diante de uma situação crítica ou adversa, as pessoas podem manifestar diversos tipos de comportamento. A pessoa resiliente é aquela que compreende o problema que está diante dela e mobiliza os recursos para superá-lo.

E no fundo, aquilo que todos temos estado a fazer, de uma forma global, é a praticar a nossa resiliência, nesta luta cara a cara com a pandemia de covid-19. Diariamente, cientistas, investigadores, profissionais de saúde e muitos outros profissionais que colaboram de forma direta ou nos bastidores desta luta, todos com o seu contributo importante, muitas vezes invisível aos olhos do cidadão comum, têm tido um contributo fundamental naquela que é uma luta diária de todos, a preservação de um bem maior e comum: a saúde pública!

Alguns leitores poderão pensar que já estão cansados de ouvir falar da pandemia, da covid, e que isto é tudo uma baboseirada! Para esses, digo apenas isto: ainda bem que não vos atingiu! E a verdade, é que de uma forma geral, andamos todos cansados, sem excepção. Não haverá nenhuma pessoa de bom senso que esteja satisfeita por restringir contactos sociais e familiares e estou certa de que ninguém gosta de andar de máscara! Ninguém mesmo! É que magoa as orelhas, faz calor na cara, incomoda, e é um gasto monetário… é verdade. Mas a bem da verdade, o uso da máscara é neste momento uma das estratégias mais importantes para combater o vírus invisível, que não está estampado na testa nem nas mãos de ninguém!

É cansativo estar sempre a falar disto, é! É cansativo estar sempre a ouvir números que ninguém quer ouvir na abertura dos noticiários, é! Então, por favor, façamos a nossa parte, e que se continue a cumprir as orientações emanadas pelas autoridades de saúde, para que os números possam ser mais baixos e assim mais toleráveis aos nossos ouvidos.

Até ao dia de hoje, a região já contabilizou mais de 1800 casos de covid-19, e já se lamentam a perda de quase meia centena de vidas. Conseguimos aguentar durante algum tempo, fomos muito resistentes no ano de 2020, mas nos tempos que correm, temos que ser de facto resilientes. Não é fácil estar isolado ou confinado… é difícil ficar sozinho num quarto a olhar para as paredes, com receio da recuperação, ou com receio do desenvolvimento da doença… e também não é fácil cuidar destas pessoas, acalmar os seus receios, contribuir para a redução da sua ansiedade… mas há quem o faça, diariamente, sempre com o intuito de ajudar e de contribuir para o bem-estar dos outros, nem que seja por telefone! A quem o faz, bem haja!

E um bem haja enorme também para os heróis da resiliência, os profissionais de saúde! Os que cuidam de quem precisa, os que estão à cabeceira dos doentes, os que transportam os doentes, e todos aqueles que de forma directa ou indirecta contribuem para o bem-estar de quem está hospitalizado, isolado ou confinado! Todos eles merecem o nosso agradecimento, respeito e solidariedade! Que cada um saiba se reinventar, pois há muitas formas de praticar a solidariedade e de praticar o bem comum.

No momento mais difícil e crítico desta pandemia, deixemos de lado as diferenças e que sejamos cada vez mais solidários, em todos os aspectos, pela preservação do bem maior de todos os seres humanos, a vida!

Por favor, cuidem-se, e ajudem quem cuida! Exercitemos pois a nossa resiliência, pois o mundo bem precisa!

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