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Artigo de Opinião

Engenheiro

4/01/2024 08:00

É habitual no início de um novo ano formularmos desejos e resoluções, muitas vezes aquelas que temos vindo a adiar desde o ano velho ou de outros anos ainda mais vetustos. Um novo ano é sempre um ano de esperança, de coisas novas para descobrir e conquistar e este não será diferente, ainda para mais sendo bissexto vamos ter mais um dia para cumprir aquilo a que nos propomos para 2024. Não vou ser muito exigente nem exótico nos meus pedidos, sei que estou em Portugal e o limite não é propriamente o céu.

Começando pelo mais alto magistrado na nossa solarenga nação, queria muito que em 2024 Marcelo fizesse discursos menos pueris, mais assertivos e menos dúbios. Para discursos fofinhos bastam os discursos das Misses Universos a falar dos pobrezinhos e dos desvalidos e a querer acabar com a fome e com a guerra no Mundo e coisa e tal. É uma causa justa, mas não é a causa, é uma consequência. Este discurso pelos coitadinhos é enternecedor, mas não resolve os problemas de Portugal nem dos portugueses que todos os dias trabalham, pagam as suas contas, cuidam dos seus filhos e procuram um futuro digno.

Gostava muito que em 2024 os portugueses recebessem uma dose bem forte da vacina contra o politicamente correcto, doutra forma arriscamos a ficar com uma sociedade de inaptos alheados da realidade. Este vírus que se tem instalado lentamente no seio da sociedade portuguesa não se controla com mascaras nem com anti-histamínicos, controla-se com coragem, determinação e respeito pela nossa história e pelos nossos valores. A pretexto de uma modernidade infantil e inclusiva, cancelamos, alteramos, deturpamos e legislamos com um fatal e pernicioso objectivo, tornar a sociedade numa massa amorfa, medíocre e facilmente controlável e influenciável. Num país onde ainda temos velhos a morrer de frio que sentido faz criarmos casas de banho neutras nas escolas? Num país onde se marcam consultas no SNS para daqui a dois anos, que sentido faz falarmos, e ainda pior, legislarmos sobre autodeterminação de género?

Se não fosse pedir muito, gostava que para 2024 a classe média tivesse o justo reconhecimento daquilo que contribui para o país. Como corolário deste meu desejo e não poderá ser feito de outro modo, o salário médio nacional terá de subir e de forma significativa. Tem de ser feita justiça, não podemos continuar a incrementar cinicamente o salário mínimo e a nivelar a sociedade portuguesa por baixo. Não podemos continuar a assistir ao êxodo dos nossos jovens talentos para outros países sem nos revoltarmos, o que será este país daqui a quinze ou vinte anos? Tenho a certeza de que ainda vamos a tempo, temos as ferramentas e a massa cinzenta, temos de encontrar a motivação e o talento... e as eleições estão tão próximas.

Para 2024 e mais concretamente para as nossas duas bonitas ilhas, gostava que mantivessem os índices de desenvolvimento e de concretização que desde alguns anos têm vindo a alcançar. Com o trabalho de governos competentes e focados, o desenvolvimento económico consegue ombrear com o bem-estar social e com o rigor das finanças públicas, pois não basta ter as contas certas, é necessário fazer a gestão certa e no tempo certo. A Madeira e o Porto Santo vão ter um ano desafiante e os nossos responsáveis terão de estar à altura. O actual quadro parlamentar de maioria será um estímulo para as nossas estruturas partidárias e o que parecia ser uma ameaça em 2023, poderá transformar-se numa oportunidade em 2024.

Não podia acabar sem desejar a todos os caros leitores do JM um próspero 2024, com excessos de sorrisos, um elevado nível de alegria e com um superavit nórdico na saúde e claro, como não poderia deixar de ser, com rendimentos sobejos (mas legais).

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