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Artigo de Opinião

28/02/2023 08:00

Hoje, os campos políticos parecem alimentar esse imediatismo decadente do que "interessa é comer e beber". Errados, adiam o futuro da Madeira - E A LUTA POR ESTE - enquanto decorre essa fraude chamada "revisão constitucional" para que tudo fique na mesma e se protele por mais cinco anos REFORMAR Portugal e tirar-nos da actual venezuelização que é o "caminho para o socialismo".

É aqui que a questão começa.

As eleições regionais são e têm sido o momento decisivo para o caminho que o Povo Madeirense vem abrindo, ciente de que será longo.

O que a Madeira conseguiu nas últimas décadas, não se deve a quem quer que seja.

Deve-se ao Povo Madeirense.

Deve-se à visão e ao bom-senso da maioria do Povo Madeirense que, inteligentemente, percebeu o projecto da Autonomia Política e as Suas novas possibilidades.

E que, assim, através do Seu voto soberano, estabeleceu condições para este Desenvolvimento Integral, ciente de ser longa a luta contra o colonialismo lisboeta. Apesar deste colonialismo e do servilismo estarem no ADN de alguns, cuja mediocridade fá-los irritar só perante a hipótese de serem considerados um "povo superior", no bom sentido da expressão.

Creio que, de aqui a sete meses, a inteligência e o bom-senso vão continuar a imperar. É lógico.

Mas o Eleitorado, porque dotado da referida inteligência e do referido bom-senso, vai exigir garantias de que a LUTA autonómica não anda a esmorecer. Que esta luta vai até aos nossos Direitos Fundamentais de Pessoas Humanas que somos, estarem reconhecidos por Lisboa e o colonialismo acabado.

Vai exigir garantias de que o Desenvolvimento Integral do Povo Madeirense não abrandará de ritmo.

Vai exigir que a Classe Média desafogue, cresça e deixe de suportar os pesados encargos com quem se dá o luxo de poder e não querer trabalhar, gente esta que é o regalo daquelas forças políticas que precisam de manter a pobreza, para terem votos, atenuando-a com subsídios e esmolas.

O Eleitorado vai exigir propostas CREDÍVEIS para que, sem prejuízo da continuidade do controlo da inflação e da continuidade indispensável dos investimentos privados e públicos, haja melhor distribuição dos rendimentos, quer através de aumentos salariais, quer através de Prémios de Produtividade.

Tudo isto implica clareza e firmeza nas posições que os actores político-partidários vão assumir face às negociações imprescindíveis com o Estado português sobre a Dívida Pública, Finanças e Fiscalidade, sobre Zona Franca, sobre a Universidade e sobre Transportes e Comunicações.

O que já está adquirido, JÁ ESTÁ! O que são tontices só para gastar dinheiro, aumentar o sector público e aumentar vadiação, esqueçam!

A Política não se faz de imediatismo e de consumismo, faz-se com a coragem de ver ao longe, mesmo suportando às incompreensões dos medíocres.

E no Parlamento da Madeira, conquistado seiscentos anos depois da ocupação e povoamento, tudo o que acima está escrito implica a vontade transparente ante o Eleitorado, de não pactuar com o "politicamente correcto", nem com interesses particulares.

Pelo contrário. Constituir equipa de LUTA, assente no MÉRITO, factores que o Povo exige inequivocamente. Não em fidelidades pessoais ou de grupinho.

Com o Arquipélago todo representado na sua proporção populacional, integrando os melhores de cada localidade independentemente de ter o cartão, ou não, da capelinha partidária ou da facçãozinha que reduz.

Os esforços que a Autonomia Política permitiu na Educação e na Cultura, trouxeram Civilização.

Já não estamos no mero indicativo das Bandeiras partidárias. Agora, numa Democracia em consolidação, onde querer os fascismos comunista ou de extrema-direita é sinal de estupidez, reacionarismo ou mesmo de patologia mental, o mundo democrático, sem ser perfeito, exige mais frontalidade, mais transparência e, sobretudo, no combate ao consumismo não perdoa aos que troquem CAUSAS por interesses pessoais ou imediatismo.

Como, apesar da massificação que os grandes poderes que dominam o mundo também abatem sobre nós, o Eleitorado democrático exige QUALIDADE a par das LIBERDADES.

A verificar-se o quadro de circunstâncias que acima referi, e se correr bem o diálogo indispensável com o Eleitorado, a ser assim, como simples cidadão e coerente com aquilo que sempre fui, encararei as eleições regionais com expectativa tranquila.

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