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Polícia de Hong Kong detém 219 pessoas em operação contra fraude e burla

Data de publicação
22 Janeiro 2024
8:54

A polícia de Hong Kong anunciou hoje uma operação que levou à detenção de 219 pessoas acusadas de lançarem vários esquemas fraudulentos na região semiautónoma chinesa.

O inspetor-chefe da Unidade Regional de Delinquência, Lam Ka-ching, disse que a operação, que ocorreu entre 08 e 21 de janeiro, revelou uma “preocupante proliferação de práticas enganosas que afetam cidadãos incautos”.

De acordo com a imprensa local, Lam destacou a “natureza alarmante” deste tipo de atividade e sublinhou que a fraude representa atualmente quase 45% de todos os crimes cometidos em Hong Kong.

A operação identificou 146 alegados casos de fraude e branqueamento de capitais, abrangendo uma ampla gama de métodos de fraude, incluindo fraudes em compras ‘online’, fraudes em investimentos, roubo de identidade, fraudes telefónicas ou falsas ofertas de emprego.

Lam adiantou que a operação, que contou com a colaboração de quatro distritos policiais, evidenciou o “caráter indiscriminado” das fraudes, de que têm sido vítimas cidadãos de diversas profissões, desde contabilistas e auditores a juristas, estudantes e donas de casa.

Entre as vítimas está um engenheiro informático de 36 anos que perdeu um total de 19 milhões de dólares de Hong Kong (2,2 milhões de euros) num alegado esquema de investimento ‘online’.

Outro caso notável foi o de um vendedor de legumes que perdeu todas as suas poupanças, 12 milhões de dólares de Hong Kong (1,4 milhões de euros), para um suposto funcionário público da China continental que o coagiu, ameaçando a família do homem de 70 anos.

O inspetor-chefe do Gabinete Regional de Prevenção do Crime de Hong Kong, Woo Man-yee, instou o público a permanecer alerta perante chamadas não solicitadas e a verificar pedidos de dinheiro através dos canais oficiais.

Além disso, a operação também sublinhou o papel das chamadas “contas mulas”, pessoas que permitem o uso de contas bancárias em seu nome, em troca de quantias insignificantes.

De acordo com as autoridades, os titulares destas contas, que em muitos casos acabam por ser acusados em processos criminais, são cruciais para que os burlões possam levar a cabo os seus planos.

Num dos casos, uma “mula” recebeu dois mil dólares de Hong Kong (cerca de 234 euros) em troca do controlo de uma conta bancária, mas acabou por ser condenada a mais de dois anos de prisão por branqueamento de capitais, enquanto os autores da fraude continuam em liberdade.

O branqueamento de capitais na antiga colónia britânica é punível com uma pena de prisão até 14 anos e uma multa de cinco milhões de dólares de Hong Kong (quase 640 mil euros).

Em novembro, a polícia da região deteve 232 pessoas numa outra operação, lançada após 265 queixas de 328 vítimas, com idades compreendidas entre os 19 e os 80 anos, que sofreram perdas de mais de 180 milhões de dólares de Hong Kong (21,5 milhões de euros).

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