O secretário-geral socialista afirmou hoje que o PS é um “porto seguro” para pensionistas e para a generalidade dos trabalhadores, contrapondo que a AD corta nas pensões e nos salários da função pública logo que há aperto.
Esta advertência, dirigida sobretudo aos eleitores indecisos, foi feita por Pedro Nuno Santos no discurso que proferiu no final de uma arruada no Barreiro, durante a qual esteve acompanhado pelo presidente da Câmara, Frederico Rosa, e pela cabeça de lista socialista por Setúbal, Ana Catarina Mendes.
Com o antigo ministro Eduardo Cabrita a ouvi-lo, bem como o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes, o líder socialista procurou dramatizar os alegados riscos de uma vitória da Aliança Democrática (AD) no domingo.
“A AD não é confiável, nunca foi. O PS é um porto seguro, porque nós protegemos as pessoas”, declarou, já depois, de ter falado sobre o que poderá fazer um Governo liderado pelo presidente do PSD, Luís Montenegro, num cenário de crise internacional.
“Tenho a certeza que ninguém quer voltar a 2015. Ao contrário do que prometem em campanha, fazem depois o contrário. Ao primeiro aperto, logo com a primeira crise, cortam sempre nos mesmos de sempre, os pensionistas, nos trabalhadores do Estado e nos trabalhadores em geral”, acusou.
Em contraponto, de acordo com o secretário-geral do PS, com os socialistas no Governo, quando há crises, “sabe-se quem se protege em primeiro lugar”.
“Não hesitamos: Protegemos os mais velhos. Temos uma relação de confiança com que trabalhou uma vida inteira. O mesmo com os trabalhadores que menos recebem. Continuaremos aumentar o salário mínimo os próximos anos, porque o aumento do salário mínimo faz bem à economia em geral”, disse.
Pedro Nuno Santos procurou ainda contrapor o PS e a AD em relação aos direitos das mulheres, dizendo que estes direitos avançaram sempre com os socialistas e nunca com os conservadores.
“Trazem para a campanha vários nomes a achar que engrandecem, mas aquilo que fazem é trazer à memória o que eles defendiam. Quando é que [os ex-líderes do CDS] Paulo Portas ou Assunção Cristas estiveram ao lado das mulheres? Estiveram sempre contra”, acrescentou.