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Homenagem reúne Valter Hugo Mãe e filhos de ‘Luisinha do Guerra’

JM-Madeira

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Data de publicação
27 Abril 2024
19:57

Uma sentida homenagem juntou hoje Valter Hugo Mãe à família de ‘Luisinha do Guerra’, a ribeira-bravense, natural do Campanário, que inspirou a obra ‘Deus na Escuridão’ e que o escritor considera ser a sua “melhor obra”.

Depois de ter falado sobre o livro que, segundo disse, pretende ser um caminho de reflexão sobre Deus, o autor partilhou o palco da Semana da Cultura da Ribeira Brava com a família mais próxima de Luísa Reis Abreu, a mulher com quem mantinha uma relação de amizade e de proximidade.

Nélio Paulo e Maria José Paulo recordaram a mãe, uma pessoa de muita fé que chegou a ser catequista. Casou e teve quatro filhos. Foi bordadeira, dona de casa e uma lutadora. A sua participação neste livro de Valter Hugo Mãe foi, segundo a filha, a forma mais bela de perpetuar o seu nome.

Deus na escuridão é uma obra inspirada nas memórias da senhora Luisinha do Guerra. O escritor recordou duas coisas que o inspiraram a escrever este livro, cuja chegada às livrarias, por ironia do destino, coincidiu com o dia do falecimento da ribeira-bravense.

“Um dia contou-me que a Agostinha do Brinco, uma vizinha, soprava as pedras para lhes limpar o pó, o que significava que para embelezar o seu jardim, ela soprava pedra a pedra. Depois contou-me que quando era nova, antes de casar, carregava as pedras para a construção da igreja do Campanário desde o calhau. Imaginar jovens de 17 anos a subir e a descer ladeiras para construir uma igreja pareceu-me um sacrifício bíblico”, recordou o escritor.

O livro nasce partindo do princípio que Deus existe e procura fazer uma pessoa racional perceber os argumentos que Deus possa existir.

“A vida trouxe-me muito ao Campanário graças aos amigos que aqui tenho. O livro nasce assim mesmo. Muitas vezes aproximamo-nos de algumas temáticas porque procuramos respostas, outras vezes as coisas acontecem como acontecem os afetos e o amor”, referiu o escritor que diz ter aprendido muito com esta ribeira-bravense.

Segundo Valter Hugo Mãe, a senhora Luisinha era introspetiva, silenciosa e de poucas conversas.

“Acreditava que tudo estava nas mãos de Deus. Transmitia paz e tranquilidade, era grata e aceitava as coisas. Tinha experienciado que a grande viagem é a interior e por isso eu sentia-me sempre muito palerma e ignorante à beira dela”, contou.

Jorge Santos, presidente interino da Câmara Municipal, agradeceu ao escritor, bem como à senhora Luisinha por esta homenagem feita ao concelho que permite falar da Ribeira Brava e da sua identidade além-fronteiras.

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