A encerrar a derradeira eucaristia de Martins Júnior enquanto pároco da Ribeira Seca, os fiéis permanecem na igreja paroquial com microfone aberto a infinitas palavras de gratidão ao padre que acompanhou nascimentos e batismos, celebrou múltiplos matrimónios e funerais, e cuja ausência nunca foi sentida apesar das quatro décadas de suspensão.
"Gratidão infindável" é o que mais se manifesta entre os paroquianos que ousam falar para uma igreja cheia em que reina a emoção da despedida.
Gente que "de funerais saía alegre pela volta que [Martins Júnior] dava àquele momento dramático, porque pela morte mandava-nos viver a vida."
"Daqui saía de coração cheio, apesar da mágoa que sentia", afirmava uma professora, enaltecendo, em lágrimas, um "legado de resiliência".
Catarina Gouveia