O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, em artigo publicado no site deste organismo da Igreja Católica portuguesa, prestou homenagem à artista plástica Lourdes Castro e recordou o ‘Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes’ atribuído, em 2015, à madeirense.
Na ocasião, e conforme nos mostra uma das fotos que ilustra o artigo de José Carlos Seabra Pereira, e que aqui também divulgamos, Lourdes Castro recebeu os cumprimentos de um outro ilustre conterrâneo, José Tolentino de Mendonça, ele também dedicado à cultura (neste caso como poeta e escritor), que em 2019 viria a ser elevado a cardeal e é arquivista e bibliotecário no Vaticano.
"Dando importante contributo, com valor de experiência, à reformulação de linguagens plásticas que se tinham esgotado ou convencionalizado numa visão redutora de formas previsíveis, desde cedo Lourdes Castro construiu uma obra coesa e dinâmica, que não se deixa aprisionar em códigos de género e que através da inquirição do valor plástico da sombra discorre sobre relações entre existência e ausência e assume a manifestação da presença como um rasto do visível", salienta o diretor do SNPC a propósito do legado da falecida artista plástica.
E acrescenta: "A sua obra torna-se um rito de elogio do vivo e de louvor do dom da vida, que nos propõe comungar tanto numa manifestação simples e rigorosa da alegria, quanto no crescimento do amor para a eternidade. Como evidenciam várias das suas mais significativas criações e algumas imperecíveis experiências de irradiação espiritual na receção da sua obra - veja-se, por exemplo, o grande painel na parede por trás do altar da Capela do Rato",.
Os elogios a Lourdes Castro têm partido de vários quadrantes. por parte de políticos, artistas e Igreja Católica, como foi o caso da Diocese do Funchal. Numa nota divulgada, a diocese liderada pelo bispo Nuno Brás assinala o "carisma criador de arte, liberdade e beleza tão reconhecidos nacionalmente e internacionalmente" da artista.
Iolanda Chaves