O bispo do Funchal afirmou na homilia da Missa da Noite de Natal que o presépio é manifestação da glória de Deus, revelada na pobreza, e contitui um convite a espalhar essa "beleza".

"Deixemo-nos contagiar pela beleza do Presépio. E, quais anjos portadores da Boa Notícia, contagiemos tantos outros com essa beleza. Não precisamos de muitos meios ou de muita sabedoria: só necessitamos da nossa vida e de um coração disponível para acolher a Palavra feita carne", afirmou D. Nuno Brás.

A Missa da Noite de Natal foi presidida pelo bispo do Funchal na catedral diocesana, celebrando o cumprimento da promessa da chegada do Salvador, que continua "a sorrir, a convidar, a transformar".

"O Menino nasceu: nasceu para ti, para o teu coração que, por muito pobre e frio que seja, será sempre bem mais acolhedor que a gruta de Belém. Irrompe, também tu, em gritos de alegria, e contagia todos os demais: um Menino nasceu para nós, um Salvador nos é oferecido", afirmou.

D. Nuno Brás referiu que "quando Deus se faz presente, quando Deus se mostra, se revela, se deixa encontrar por um ser humano, manifesta a Sua glória, envolve nela o homem, e transforma radicalmente a sua vida".

"A glória de Deus traz consigo a surpresa, a beleza que atrai, o convite a reconhecer o próprio Deus e a nos deixarmos envolver por Ele, permitindo que Ele nos conduza e nos leve mais longe", afirmou.

E Deus mostra-se com a sua beleza. É atraente. Deus é beleza que vemos, que escutamos ou que sentimos, à qual não somos capazes de resistir, de tal modo ela nos atrai e nos convida a ir mais longe, a ultrapassar as nossas capacidades e as realidades pobres, materiais em que ela vem até nós e se manifesta."

O bispo do Funchal disse que a beleza do Deus que se revela no presépio envolve, empenha todos os sentido, "não fala apenas à inteligência", também ao coração, convidando a "reconhecer a presença divina" que se propõe conduzir cada pessoa "por caminhos e para caminhos nunca antes suspeitados".

"Nesta noite santa, somos, também nós, envolvidos pela glória divina, que ultrapassa tempos e lugares para chegar a cada um de nós. Sejamos, também nós, na nossa pobreza, nas nossas incapacidades e fraquezas, anunciadores da glória de Deus que nos envolve", indicou D. Nuno Brás na Missa da Noite de Natal.

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