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Cardeal Patriarca de Lisboa manifesta tristeza pelo conflito e crise humana em Pemba

JM-Madeira

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Data de publicação
04 Abril 2021
14:56

O cardeal-patriarca de Lisboa manifestou hoje "muita tristeza" pelo conflito e crise humana em Pemba, norte de Moçambique, uma zona onde as riquezas naturais "não se repercutem em benefício dos que lá estão".

Manuel Clemente falava hoje aos jornalistas antes da celebração do Domingo de Páscoa, na catedral lisboeta.

Segundo a agência de notícias católica Ecclesia, o cardeal-patriarca deixou um apelo à "solidariedade internacional", porque as autoridades locais "só por si não conseguem resolver".

"É um problema trágico, que dura há tanto tempo e não tem nenhuma razão de ser", concluiu Clemente citado pela Ecclesia.

A vila de Palma, cerca de 25 quilómetros do projeto de gás natural da multinacional Total, sofreu um ataque armado a 24 de março, que as autoridades moçambicanas dizem ter resultado na morte de dezenas de pessoas e na fuga de centenas.

A violência está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados, segundo agências da ONU, e mais de duas mil mortes, segundo uma contabilidade feita pela Lusa.

O Papa Francisco também recordou hoje, no Vaticano, a situação em Moçambique, na sua mensagem de Páscoa, antes da bênção ‘Urbi et Orbi’.

"Que a força do Ressuscitado apoie as populações africanas que vêm o seu futuro comprometido pela violência interna e pelo terrorismo internacional, especialmente no Sahel e na Nigéria, bem como na região de Tigray e Cabo Delgado", disse o Papa Francisco.

"Que continuem os esforços para encontrar soluções pacíficas para os conflitos, respeitando os direitos humanos e a sacralidade da vida, com um diálogo fraterno e construtivo em um espírito de reconciliação e de solidariedade efetiva", reforçou.

Nas declarações aos jornalistas o cardeal-patriarca de Lisboa destacou a importância, para os católicos, de celebrar a ressurreição de Cristo.

"A vida que Jesus nos trouxe não acabou ali", apontou, realçando que essa fé move homens e mulheres que "vivem com o mesmo impulso e são sinais dessa presença".

O patriarca de Lisboa saudou quem é capaz de ir "ao encontro dos outros", nas famílias, nos serviços públicos e particulares e elogiou os "sinais de ressurreição" que se multiplicaram diante da pandemia, na Igreja e na sociedade.

"Há muitos sinais de uma presença que ressuscita, efetivamente, as vidas, que faz com que as coisas andem para a frente e ganhem outro horizonte", disse a Manuel Clemente citado pela Ecclesia.

Questionado sobre a próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que Lisboa vai receber no verão de 2023, D. Manuel Clemente afirmou que esta vai ser uma oportunidade para a "humanidade se relançar", no pós-pandemia.

Lusa

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