Após a procissão da Ressurreição, que registou uma afluência considerável, os fiéis juntaram-se na igreja da Sé que se encheu para escutar o Bispo do Funchal, D. Nuno Brás, o qual presidiu à missa do Domingo de Páscoa.
Nesta que é considerada a celebração maior do calendário litúrgico da Igreja Católica, o prelado deixou aos devotos a mensagem de que os "olhos da fé" são capazes de ver mais além, sendo o caminho da fé o de sentir a presença de Jesus Cristo.
"Acreditar, com efeito, é perceber esta presença. Ser cristão é perceber esta presença. Temos os mesmos sinais que todos os outros. Nestes sinais, tantos são apenas capazes de descobrir (não raras vezes de um modo dramático) a ausência de Jesus", exaltou o bispo do Funchal na homilia, sublinhando que os crentes, confrontados com esses sinais, devem perceber a presença do Senhor.
Presença essa que, conforme vincou, é "real", pese embora não seja perceptível com os sentidos do corpo.
Na sua alocução, D. Nuno Brás referiu que é também essa presença que torna as pessoas livres e que as faz caminhar.
"Uma presença que urge em nós e nos desinstala. Uma presença que nos oferece um novo horizonte. Uma presença que nos aponta a meta do nosso viver. Uma presença que é caminho. Uma presença que percorre connosco o caminho. Uma presença que nos dá o sentido do viver", elencou.
O bispo do Funchal afirma que é precisamente esse o caminho da fé: "longe de ser um sentimento vago ou o fruto de um raciocínio elaborado, o caminho da fé é antes a perceção da presença de Jesus ressuscitado, que se nos impõe como evidência primeira e oferece a razão, o sentido de tudo o resto — da nossa vida e da vida do mundo", concluiu.
Bruna Nóbrega