Resultados “excecionais” no dia em que 425 passageiros desembarcaram no Aeroporto da Madeira

Catarina Gouveia

Um total de 425 passageiros, em quatro voos provenientes de Lisboa, Porto e Açores desembarcaram esta quarta-feira no Aeroporto da Madeira, no dia em que entrou em funcionamento o sistema de controlo de entradas na Região com a realização de teste à chegada para aqueles que não o efetuaram na origem.

Foram 243 os passageiros encaminhados para a unidade de rastreio para, em cerca de cinco minutos, realizarem o teste de despiste à covid-19.

Após a realização do teste no Aeroporto, os resultados devem ser reportados aos passageiros num prazo de 12 horas - até lá, devem aguardar pelo contacto das autoridades de saúde, permanecendo nos seus domicílios ou hotéis em confinamento voluntário.

Região admite aumentar capacidade de testagem

O Aeroporto da Madeira está por agora capacitado para efetuar 250 testes de despiste à covid-19 por hora para quem chega à Madeira sem teste realizado, mas sendo este um processo “muito dinâmico”, a Região admite adequar a sua capacidade de resposta de acordo com as necessidades verificadas.

“Quando sentirmos que é preciso aumentar a capacidade instalada, vamos aumentá-la”, afirmou ao JM o presidente do Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE), Herberto Jesus, que acredita que neste momento o sistema está a conseguir dar resposta ao número de passageiros que a ilha recebe. Apesar de estar já “previsto um aumento da capacidade quando tal for necessário”, o mais previsível, de acordo com o líder do IASAÚDE, é que sejam cada vez mais aqueles a trazer teste realizado na origem, como é da recomendação da Associação Internacional dos Transportes Aéreos (IATA).

Com toda a organização garantida desde o desembarque até à saída do aeroporto, num percurso devidamente sinalizado em que segue uma ‘linha azul’ quem tem de ser sujeito a teste de despiste à covid-19 na unidade de rastreio instalada à porta das Chegadas, e uma ‘linha verde’ quem estava na posse de um teste realizado nas últimas 72 horas ou teria sido dispensado do mesmo, como é o caso das crianças com menos de 12 anos, os resultados “foram excecionais”, afirmou o presidente do IASAÚDE, que considera que “para o primeiro dia, a experiência foi muito boa e sem grandes constrangimentos ou pontos de concentração, porque tudo estava bem articulado, garantindo segurança à nossa população e a quem nos visita”.

“As pessoas identificaram bem o trajeto, a informação foi adequada e fizeram o teste em tempo recorde”, disse ainda, estando convicto de que “este é um dia feliz para a Região Autónoma da Madeira”.