Peixe descarregado no Porto Santo rendeu 36 mil euros nos primeiros cinco meses deste ano
Na primeira visita que realiza ao Porto Santo como titular da secretaria regional de Mar e Pescas para conhecer as carências do sector das pescas, falar com os pescadores e visitar as principais infraestruturas, Teófilo Cunha recebeu dos serviços dados a revelar que a atividade rendeu 36 009,52 euros nos primeiros cinco meses de 2020, contra os 7 029,57 euros de 2019. Um aumento de 412,26%, ou seja, cinco vezes mais, mesmo em tempo de crise sanitária.
De acordo com nota enviada pelo gabinete de Teófilo Cunha, a visita começou esta manhã na lota do Porto Santo, seguindo-se uma reunião com armadores e pescadores e mais tarde com outro encontro, desta vez, com o presidente da Câmara do Porto Santo, Idalino Vasconcelos.
O secretário regional fez-se acompanhar do adjunto do Gabinete da Vice-Presidência no Porto Santo, Roberto Silva.
Questões relacionadas com o gelo para a conservação do pescado e a realização de pequenas obras de conservação das infraestruturas foram alguns dos aspetos abordados.
Nesta sua primeira visita ao Porto Santo, o secretário regional de Mar e Pescas deteve-se a analisar os registos do pescado descarregado e o valor da primeira venda em lota, por forma a melhor compreender o peso do setor das pescas na economia do Porto Santo.
Assim, o valor do peixe descarregado na lota do Porto Santo, entre janeiro e 31 de maio de 2020, cresceu 412,26 por cento, em comparação com o mesmo período de 2019. Em termos reais, a faturação foi de 7 029,57 euros em 2019 e de 36 009,52 euros em 2020, isto apenas na primeira venda em lota e sem contabilizar a cadeia de valor comercial.
Trata-se de um volume de negócio e de peixe descarregado com números significativos se tivermos em linha de conta que a crise sanitária encerrou praticamente toda a atividade económica, em todo o planeta. No caso do Porto Santo, com uma economia frágil e exclusivamente baseada no turismo, a pandemia da Covid-19 fechou por completo hotéis e restaurantes, o que tornou a situação económica e social ainda mais periclitante.
Deste modo, o contributo das pescas, com uma faturação cinco vezes superior
à de 2019, contribuiu para amenizar os impactos económicos dos pescadores e das famílias que dependem da atividade.
Já em relação ao volume de peixe descarregado em lota, no mesmo período, destaque para a subida na captura de atum patudo, com um aumento de 486,31%, ou seja, 1 986,50 quilos em 2019, subindo para os 11 647,00 quilos até 31 de maio de 2020.
Em termos comerciais, em 2019 o atum patudo atingiu os 3 107,83 euros, para registar um aumento exponencial de 27 179,24 euros até 31 de maio de 2020. O atum voador, que em 2019 não registou qualquer captura, este ano regista descargas de 261,40 quilos.
Outro registo de relevo é o de “outras espécies”, secção normalmente associada ao chamado “peixe fino”. Em 2019 a captura ficou-se pelos 296,90 quilos, mas em 2020, a 31 de maio, já tinham sido descarregadas 2 962,80 quilos, portanto, um aumento de 898,25%.
O valor em lota de “outras espécies” quadruplicou de 2019 para 2020. Assim, a faturação em 2019 rendeu 2 195,90 euros em 2019 e 8 050,08 euros em 2020.