Covid-19: Médica sugere quarentena nos hotéis vazios na Madeira
A proposta é da médica madeirense, Laura Faria, que já a partilhou com outros médicos e alguns responsáveis regionais. Por essa via já será do conhecimento das mais altas autoridades governamentais na Madeira e hoje é tema em destaque na edição impressa do JM.
À chegada à Madeira todos os passageiros, residentes e não residentes, deviam ser obrigatoriamente encaminhados para um dos muitos hotéis que agora estão quase sem hóspedes.
Esta seria a forma mais eficaz de contornar os incumprimentos da quarentena ou isolamento social a que está obrigado quem regressa ou visita a Região Autónoma da Madeira.
O encaminhamento obrigatório para hotéis dos passageiros que vão chegando terá, numa primeira análise, um conjunto de vantagens: dispensaria os familiares dos residentes regressados de ficarem, também eles, em quarentena ou isolamento social, podendo continuar as suas rotinas diárias; aos visitantes estrangeiros ou continentais seriam garantidos condições para o recolhimento e continuação das suas férias.
A outra grande vantagem é que a economia madeirense, na generalidade, poderia continuar a funcionar. Toda a sociedade madeirense ficaria salvaguardada face aos receios que tomaram conta das famílias.
Tudo porque, como é facilmente comprovável, há imensos casos de incumprimento da quarentena ou isolamento social, apesar da irresponsabilidade grotesca que essas situações representam para a saúde pública.
Primeiro é fazer o levantamento de todos os hotéis que neste momento estão sem clientes e decretar que serão hotéis destinados para fazer quarentena.
“Todas as pessoas que chegam a Madeira ficam nos hotéis durante 14 dias, em isolamento social total. O preço por dia negociado será pago pelo Governo a todos os residentes; os não residentes que quiserem vir para a Madeira terão que suportar esses custos. Depois dos 14 dias podem ir para as suas residências e manter os cuidados.”
A médica Laura Faria está convencida que, da forma que sugere, “teremos a certeza que a quarentena está a ser cumprida”, e em duas semanas, “saberemos efetivamente se existe ou não COVID na Madeira sem a dúvida de podermos ter perdido o controlo das quarentenas.”
A jovem médica está confiante que a população sentir-se-ia protegida mesmo que surjam casos positivos, porque “esses não terão contaminado outros, por isso o principal risco não se coloca.”
Mais detalhes na edição impressa do JM desta terça-feira.