Documento sobre Estratégia de Adaptação às Alterações Climáticas da RAM será revisto este ano
O documento CLIMA-Madeira - Estratégia de Adaptação às Alterações Climáticas da Região Autónoma da Madeira, produzido em 2015, por uma equipa de investigadores da Universidade de Lisboa, com a colaboração de especialistas regionais, será revisto neste ano de 2020. A revelação foi feita esta manhã por Pedro Sepúlveda, da Direção Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, à margem do seminário ‘Talks for Innovation: Sustainable Design’, um evento sobre turismo sustentável promovido pela Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação (ARDITI).
De acordo com o responsável, para além de ser um documento que precisa de ser revisto periodicamente, a necessidade desta revisão resulta essencialmente do aumento do conhecimento que tem vindo a ser desenvolvido nesta área nos últimos anos.
Em 2015, explicou Pedro Sepúlveda, o documento teve por base os relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC na sigla inglesa) de 2001. Desde então, alertou, "muito mudou em termos de conhecimento ao nível mundial sobre os cenários climáticos que se preveem até ao final deste século", salientando que, a esse conhecimento, ao qual se juntou também o conhecimento regional e as necessidades regionais que se foram verificando ao longo deste percurso de seis anos, servirão de base a esta nova revisão.
Recordando as “inúmeras medidas” que estão no terreno, Pedro Sepúlveda enumerou algumas, tais como, a estratégia de monitorização da expansão da atividade do mosquito aedes aegypti; a criação da faixa corta-fogo e os planos de risco de inundações.
Relativamente ao seminário que esta manhã acolheu cerca de 50 participantes, no Castanheiro Boutique Hotel, no Funchal, Paulo Abreu, gestor de projetos da ARDITI, explicou que o encontro teve como principal propósito “promover uma nova cultura de inovação” com o objetivo de “reter e atrair os nossos jovens na Região”.
“Sabemos, através de diversos estudos, que os jovens têm de sair da Região para procurarem melhores condições e nós, para além de querer retê-los, queremos criar condições para experimentarem ideias inovadoras que nos poderão encaminhar para a sustentabilidade”, referiu, explicando que, no plano de ação, já aprovado por fundos comunitários, ficou definido o turismo sustentável.
Neste seminário, que excedeu as expetativas da organização (que previa apenas a participação de 30 pessoas) participaram hoteleiros, estudantes universidades e profissionais ligados à temática da sustentabilidade.
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