"Alta tensão" na assembleia de taxistas marcada para o final do dia
A Assembleia-Geral Extraordinária da Associação dos Industriais de Táxi da Região Autónoma da Madeira (AITRAM), agendada para o final do dia de hoje, no Centro Cívico de São Martinho, promete ser muito agitada.
Os associados vão votar a expulsão da atual direção, mas também a abertura de um procedimento disciplinar face ao alegado «desrespeito dos estatutos» por parte do atual presidente ao longo dos seus três mandatos. Uma das acusações que alguns associados apontam a António Loreto está relacionada com a gestão do dinheiro da associação e, pelo menos, «um pagamento indevido», além do não cumprimento de decisões saídas das assembleias-gerais.
Se os sócios o expulsarem da direção e da própria associação, não só António Loreto é automaticamente destituído do cargo como fica impossibilitado de recandidatar-se a um quarto mandato.
O ambiente esperado para esta tarde em São Martinho é, por isso, muito tenso e, segundo o JM apurou, a Polícia de Segurança Pública está atenta e deverá mobilizar um dispositivo de segurança para as proximidades.
Com efeito, o histórico das assembleias-gerais da AITRAM tem momentos de confrontos, inclusive quase físicos, entre os associados.
A acontecer a expulsão de hoje, será o terceiro presidente da associação dos taxistas a deixar mais cedo do cargo. Já o anterior presidente, Miguel Pereira, havia sido expulso do cargo e da associação. Curiosamente, ou não, António Loreto era vice-presidente de Miguel Pereira e, segundo nos contaram, os dois ter-se-ão incompatibilizado, antes do “número dois” ter subido a presidente e o “número um” de então ter sido expulso. Agora é António Loreto que atravessa um processo de destituição. Antes destes, outro também tinha sido mandato para a rua.
Quem também já foi rejeitado pela Assembleia-Geral, mas aparentemente (este) continua em funções é o conselheiro jurídico. Segundo nos disseram, a expulsão foi determinada numa assembleia-geral em 2016, mas a atual direção não terá acatado essa decisão e mantido o consultor. Os sócios expulsaram-no porque se queixavam de não receber, na realidade, o apoio jurídico a que tinham direito, e acusavam-no de apenas trabalhar para a direção da AITRAM.
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