Albuquerque faz a lista, mas primeiro ausculta o PSD/M
Ao contrário de Jardim, que advogou que a lista é uma responsabilidade do líder, Miguel Albuquerque defende ser apenas o rosto principal de uma equipa.
O presidente do PSD/M abordou hoje a questão da lista a ser elaborada para sufragar ao eleitorado, tempo em vista as eleições do próximo dia 22 de setembro.
As listas que terão de ser entregues até 13 de agosto vêm suscitando alguma expetativa adicional, e tal não é exceção entre os sociais democratas que, recorde-se, em 2005, na vigente legislatura, conseguiram colocar 24 deputados, entre os 47 da ALRAM, que lhe conferiram uma maioria absoluta.
Agora, na antecâmara da sua segunda lista, Miguel Albuquerque diz que “assumo as minhas responsabilidades e tomo a última decisão”, mas ressalva que “há sempre uma auscultação à direção do partido e aos seus principais quadros”.
Na véspera, ontem, no mesmo cenário – à margem das jornadas parlamentares do PSD – recorde-se que Alberto João Jardim advogou que a escolha das listas deverá ser uma tarefa exclusiva do presidente do partido. “Se há momentos em que um líder tem de decidir, a elaboração da lista é um deles”, conforme referiu o antecessor de Albuquerque, reconhecendo que “não queria estar na sua pele”.
Entendimento distinto parece ter Miguel Albuquerque, que hoje fez questão de referir que “se decidisse sozinho, cometia erros”, adicionando que “temos um partido de trabalho em equipa e eu sou, apenas, o rosto principal dessa equipa”.