Pedro Calado critica comodismo de pessoas que não querem trabalhar

O vice-presidente do Governo Regional dedicou esta manhã para ouvir duas empresas, no âmbito da iniciativa “Empresas com proximidade”.

Depois de visitar as instalações da Ilhopan, situada no Parque Industrial da Cancela, que emprega 143 funcionários, tem uma faturação de cerca de 7 milhões de euros e exporta cerca de 20% da sua produção, Pedro Calado disse aos jornalistas que o objetivo desta ação é ouvir as empresas regionais, no sentido de verificar se os fundos comunitários estão a ser “bem empregues”.

“O que me sensibilizou aqui é que, a Região embora tenha reduzido o número de desempregados em 31,5 por cento nos últimos seis anos, esta empresa está à procura de 15 funcionários e tem tido dificuldades em arranjar essas pessoas”. Pedro Calado admitiu sentir curiosidade em perceber como existe essa “imensa dificuldade” quando há ainda pessoas no desemprego que deviam querer um posto de trabalho.

“Não sei se é uma questão cultural ou se as pessoas estão acomodadas. O que me faz impressão é haver empresas que precisam de mão de obra para aumentarem a sua produção” e não haver pessoas interessadas em ocupar as vagas, manifestou ainda o vice-presidente do Governo Regional.

Para Pedro Calado, “há um certo comodismo nas pessoas por terem associada uma outra fonte de rendimento que é o subsídio de desemprego”, ou temem um trabalho no tipo de atividade do setor da panificação e pastelaria. “Mas é uma atividade normal, como qualquer outra. Não requer grandes qualificações, sendo que a empresa oferece a formação necessária. Espero que as pessoas encarem estas oportunidades como uma grande oportunidade de emprego e de mudar de vida”, comentou ainda o governante, alertando para o facto de a Região estar a receber indivíduos de outros países, como da Venezuela, que aproveitam estas ofertas”.

Questionado sobre se existem mecanismos para suspender a atribuição do subsídio de desemprego perante a recusa de um posto de trabalho, Pedro Calado admitiu que sim e que os mesmos têm sido aplicados. Reconhecendo que tem sido criticado por afirmar que há trabalho, mas as pessoas não o querem, o vice-presidente do Governo Regional verificou na Ilhopan um exemplo claro do que tem denunciado.

Por outro lado, Pedro Calado salientou que a Ilhopan tem sabido aproveitar os fundos comunitários, neste caso de um valor de 370 mil euros.

Pedro Calado visitou ainda a empresa Sweets & Sugar – Alimentar & bebidas, na Zona Franca Industrial da Madeira, no Caniçal.