Rafael Sousa acusa presidente da COC do CDS de não ter sido "isento" e diz que "verdade tem de vir ao cima"
O centrista Rafael Sousa acusou, ontem, o presidente da Comissão Organizadora do Congresso (COC) do CDS de não ter sido "isento"ao apoiar publicamente a lista A, encabeçada por Rui Barreto, declarando que a "verdade" terá sido "escondida" dos militantes.
Traçando uma cronologia, o atual vice-presidente da Câmara da Ribeira Brava recorda o antes e o depois do congresso, nos últimos dias 21 e 22 de julho.
Tudo começou com um pedido de acesso ao caderno eleitoral, que lhe terá sido recusado, lembra o ex-candidato à liderança do CDS.
"2 - decorreram as subscrições e a entrega da moção e das mesmas, que é realizada dentro do prazo; 3 - foram detetadas irregularidades em 15 subscrições, incluíndo oito da JP, de acordo com o primeiro relatório da COC; 4 - foram entregues dentro do prazo 22 subscrições para substituir as 15 que estava irregulares; 5 - é rejeitada a moção por deliberação da COC, afastando definitivamente a Lista B [encabeçada por Rafael Sousa]; 6 - recurso à CJR (sem quorum) e CJN (pedido prazo de resposta até à terça-feira anterior ao congresso)".
"7 - COC envia a Rafael Sousa, na quinta-feira anterior ao congresso ,uma deliberação da CJN (que lhe tinha sido enviada pelo CJN na terça-feira anterior ao congresso, vinculativa e votada por unanimidade, que impedia a mesa e o plenario do congresso de receber a lista B (contra o que está estabelecido nos estatutos); 8 - decorre o congresso, nos dia 21 e 22 de julho; 9 - esta terça-feira, pelas 12 horas, dá entrada o recurso para o Tribunal Constitucional".
O centrista ribeira-bravense recordou ainda que, precisamente 48 horas depois do congresso, recebeu o segundo parecer da CJN assinada pelo seu presidente, onde diz que "a moção poderia ser entregue no sábado para deliberação do plenário do congresso evocando os estatutos".
"O presidente do COC não foi isento, apoiou publicamente a lista A através de uma publicação no DN, e declarou que os Estatutos do CDS/Madeira estão ilegais, no entanto estes estatutos são sempre evocados pelo CJN", acusou, sublinhando que "a verdade tem de vir ao de cima".
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