“Tenho em mim a força de milhares de madeirenses”, diz Paulo Cafôfo

Alberto Pita, em Leiria

O congresso levantou-se hoje para aplaudir Paulo Cafôfo ainda antes de o candidato a presidente do Governo Regional pelo PS ter dito uma palavra.

Coube a Carlos César, o açoriano reeleito presidente do PS, anunciar a intervenção de Cafôfo, que sucedeu à de Emanuel Câmara, presidente do PS-M, e fê-lo dizendo que era a escolha dos socialistas para disputar o poder regional em 2019.

“É ótimo ver este entusiasmo, esta força e este dinamismo do PS”, começou por dizer Paulo Cafôfo, ao ver a plateia de pé a aplaudi-lo.

Paulo Cafôfo não é militante socialista mas quem não o conhecesse nunca o diria. Cumprimentou o secretário-geral do partido por “meu amigo António Costa” e confirmou aos delegados o seu propósito. "Serei o candidato do PS em 2019”.

Cafôfo tomou conta do palco e entusiasmou a plateia, que o aplaudiu em diversos momentos.

Disputou com a distrital do Porto – que pouco antes tinha reclamado o estatuto de ter levado a maior delegação à Batalha – dizendo que os mais de 100 elementos que compõem a comitiva madeirense tornam esta uma das maiores presentes no conclave socialista.

Elogiou a coragem das “mulheres e homens socialistas” e prometeu “um novo rumo” e “um novo paradigma politico” para a Madeira com uma perspetiva de “governo aberto a todos”.

“Tenho em mim a força de milhares de madeirenses”, garantiu.

Paulo Cafôfo elegeu a Economia, a Educação e a Saúde como as três áreas prioritárias para o futuro da Madeira, mas com “finanças rigorosas e sustentáveis”.

Acredita que 2019 representa “uma oportunidade única” para os socialistas madeirenses fazerem “história”. Falando diretamente para António Costa, mencionou o desejo que ele também faça história ao ser o primeiro secretário-geral socialista a destronar o PSD do poder regional da Madeira. “Quero que fiques na história” e “conta comigo para esse desiderato”, disse.

Relativamente ao seu empenho na Madeira, garantiu que o “Funchal foi apenas o início de uma mudança” e defendeu que a autonomia não pode ser sujeita uma lógica de “caridade” da República. “Quem defende a autonomia que se dê ao respeito”, disse.