“Não sou turista na minha própria Região”, declara Paulo Neves
“Se antes se justificava ter a residência na Madeira, agora ainda mais”, declara o deputado na Assembleia da República, Paulo Neves. O deputado eleito pelo PSD-Madeira é um dos visados na recente polémica sobre a declaração de residência. “Tenho residência no Funchal e casa na Madeira. Não sou turista na minha própria Região”, esclarece o parlamentar, numa nota publicada na sua página no Facebook.
“Existem deputados eleitos por Círculos Eleitorais, mas que nada têm a ver com a Região por onde foram eleitos e isso justifica-se pela falta de um Círculo nacional”, enquadra Paulo Neves.
“No meu caso faço questão de ser eleitor na minha Região, a Madeira, por onde sou, agora, eleito Deputado. Faço questão de pagar os meus impostos na minha Região, a Madeira. Faço questão de ser residente na Madeira que é onde tenho a minha atividade partidária. Sou da Madeira. Tenho, e sempre tive, uma enorme e permanente ligação à minha Região, a Madeira. Sempre tive. Tenho, e sempre tive, uma constante presença na Madeira, por razões familiares, profissionais, políticas e partidárias e, agora, com as minhas funções de Deputado. Se antes se justificava ter a residência na Madeira agora ainda mais”, escreve o deputado, acrescentando que “é verdade que também tenho casa própria em Lisboa. Mas a minha opção é ter a minha residência na Madeira pois com imenso orgulho sou madeirense com uma forte relação constante à minha Região.”
Paulo Neves salienta ainda que que “boa parte do tempo (desde 1986 ano que vim estudar e depois trabalhar em Lisboa e me dividia com a Madeira) a minha residência foi no Funchal. Mesmo quando comecei a minha vida profissional, e dividia-me entre a Madeira e Lisboa, fiz questão de continuar a ser eleitor na Madeira e a pagar os meus impostos na Madeira. Como se deve imaginar não tive essa atitude, durante muitos anos, a pensar que um dia seria deputado.”
O antigo jornalista da Rádio Renascença recorda que, quando se candidatou a deputado, e antes de ser eleito, “fiz imediatamente questão de ter novamente a minha residência na Madeira.”
E apresenta as razões: “Ser eleitor na Região por onde sou eleito e onde tenho a minha atividade constante junto do meu eleitorado. Aliás nunca pedi nada ao Parlamento por ser eleitor por onde sou eleito deputado e por pagar os meus impostos na Madeira. É uma opção lógica de princípio que nada tem a ver com um qualquer abono que possa receber. Aliás se necessário fosse dispensava esses abonos, mas mantinha a minha residência na minha Região, a Madeira, o que aliás já me disponibilizei fazer”, conclui o deputado social-democrata.
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