Albuquerque pede em Lisboa mais fundos para a investigação da biotecnologia marítima

JM/LUSA

O presidente do Governo Regional reuniu-se, no final desta manhã, com o primeiro-ministro António Costa e com o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, em Lisboa. No final do encontro, Miguel Albuquerque avançou, em declarações à RDP, que são precisos mais fundos para a investigação no âmbito da biotecnologia marítima, área que, na sua opinião, está “em grande evolução” e tem “muitas perspetivas de evolução”.

Outro dos pontos focados pelo chefe do Executivo madeirense, para o próximo quadro comunitário de apoio que a Região Autónoma da Madeira apresentou hoje ao Governo da República, foi a importância de haver renovação das frotas pesqueiras, uma vez que se trata de uma pesca "artesanal e costeira, que não põe em causa os recursos".

Sobre a Região Autónoma da Madeira, Albuquerque lembrou que a frota de pesca do peixe de espada-preto tem 45 anos e "neste momento temos uma situação de risco para os próprios pescadores devido ao envelhecimento dessa frota”.

Apelando ainda uma União Europeia mais unida, o presidente afirmou que "só a solidariedade, só a aproximação e não o desfasamento entre as regiões, do ponto de vista económico e social, é que pode fazer com que a União Europeia possa ser aquela competência competitiva e solidária que necessita de ser aos olhos do mundo”.

Sobre a região, Miguel Albuquerque levou ainda questões “pendentes e que aguardam solução”.

“Desde logo a questão da dívida da região e a taxa de juros que a região está a pagar ao Estado que, do nosso ponto de vista, é uma taxa de juros perfeitamente injustificada, uma vez que nós entendemos que devemos pagar uma taxa de juros consonante com aquela que o Estado paga aos seus credores externos. Isso faz com que, nos juros a pagar pela região até 2040, nós poupássemos 140 milhões de euros. Achamos muito importante esta questão ser resolvida”, destacou.

Entre as outras questões estão as dívidas dos subsistemas de saúde ao sistema regional de saúde, que avaliou em 17 milhões de euros, a questão do novo hospital do Funchal, as dívidas fiscais de anos anteriores, “que foram apuradas no valor de 33 milhões de euros que devem ser restituídos à região”, o subsídio de mobilidade e “a questão catastrófica da TAP, que deve ser resolvida rapidamente”, resumiu.