Liliana Rodrigues nomeada para dois relatórios, um deles sobre os direitos humanos

JM

A eurodeputada Liliana Rodrigues foi nomeada ontem pelo Grupo Socialista Europeu para acompanhar o Relatório Anual sobre os Direitos Humanos e a Democracia no Mundo em 2017 e a Política da União Europeia nesta matéria. Esta será a quinta vez que a socialista terá a tarefa de acompanhar o documento anual da Comissão dos Direitos Humanos do Parlamento Europeu.

Na nota de imprensa enviada à comunicação social, Liliana Rodrigues mostrou-se agradada por voltar a trabalhar neste relatório que tem por objectivo apresentar medidas para melhorar a qualidade de vida das pessoas e promover a democracia no Mundo. A discriminação com base no género, o acesso a bens essenciais, a educação, a vulnerabilidade das populações em caso de conflito armado, o respeito pelo Estado de Direito e a liberdade de expressão são algumas das áreas identificadas como prioritárias no relatório.

A eurodeputada socialista afirmou que olha com alguma preocupação para o estado dos direitos humanos e para os conflitos vividos no médio oriente, que continuam a fustigar milhões de pessoas, “privando-as do acesso a alimentos, do acesso à saúde e aos bens essenciais e, em demasiados casos, também da liberdade”.

Liliana Rodrigues acrescentou que, “apesar de todos os relatos que nos chegam dessas partes do globo, não podemos cair na ilusão de que todas estas violações dos direitos humanos apenas acontecem longe do nosso olhar.” Ainda nesta sessão plenária em Estrasburgo, o Parlamento Europeu debateu o caso das mortes, no passado mês de Fevereiro, de Martina Kusnírová e Ján Kuciak, o jornalista eslovaco que denunciava casos de fraude. “Proteger a imprensa e o seu dever de informar as pessoas é defender a liberdade de expressão e, neste caso particular, isso não aconteceu num estado-membro da União Europeia, tão próximo de nós”, referiu a eurodeputada.

Com a situação vivida na Síria, no Irão, mas também em países como o Bangladesh e as Filipinas, “em que o estado dos direitos humanos e da democracia encontram-se em

constante declínio”, Liliana Rodrigues afirma que devemos “ter sempre em mente o privilégio que é viver num país como Portugal”.

De acordo com o 2017 Global Peace Index, Portugal aparece como terceiro classificado na lista que analisa a segurança e a tranquilidade em 163 países no Mundo, sendo considerado um dos países mais seguros. No topo, pelo sétimo ano consecutivo, está a Islândia, seguida da Nova Zelândia. Nos últimos lugares da lista aparecem países como o Sudão do Sul, Iraque, Afeganistão e a Síria, que ocupa novamente o último lugar.

Ainda no dia de ontem, mas já no âmbito da Comissão da Cultura e Educação, a eurodeputada recebeu, também, a tarefa de representar o Grupo Socialista Europeu no relatório que pretende estabelecer Normas Mínimas para as Minorias na União Europeia.

A pobreza e a exclusão social, a participação no mercado de trabalho, o acesso à educação e os riscos de discriminação são alguns dos problemas já identificados pela União Europeia e que serão trabalhados neste relatório.