Futuro hospital será uma realidade e vai garantir melhor resposta que o atual
A fase final do projeto de arquitetura do novo hospital do Funchal, já de acordo com o programa funcional revisto, foi apresentada, hoje, aos diretores de serviços, à equipa de enfermagem e com os responsáveis pelas principais áreas de apoio logístico do Serviço de Saúde da RAM.
Piso por piso, as valências da futura infraestrutura hospitalar da Madeira, a ser construída em Santa Rita, foram dadas a conhecer pela equipa de projetistas da empresa ARIPA aos diversos profissionais do SESARAM e à comunicação social, num evento que contou com a presença do secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, que expressou a garantia de que «o novo hospital será uma realidade», como também manifestou a presidente do Conselho de Administração do SESARAM.
Tendo por “linha mestra” uma acessibilidade melhorada quer para o utente quer para o profissional do serviço, o projeto está a ser ultimado com a filosofia de que «o hospital deve ser um espaço confortável não só para o utente, como também para quem trabalha», sendo, dessa forma «uma peça humanizada» da saúde, como realçou o responsável pelo projeto arquitetónico, Ilídio Pelicano.
Com efeito, uma maior divisão ao nível dos acessos para os utentes e para os técnicos de saúde tem vários benefícios, sendo um dos principais a diminuição de riscos de infeções.
Ilídio Pelicano e dois arquitetos da sua equipa anunciaram ainda que a nova unidade hospitalar, será composto por três corpos (norte, central e sul), tendo como objetivos facilitar as acessibilidades internas e externas.
Destacaram que foi feita uma aposta para tornar o empreendimento “uma peça humanizada”, “usando a imaginação, para que viva da luz e da paisagem” e que a necessidade de expansão futura é permitida na verticalidade, tendo como única exceção a área do heliporto.
Elevadores específicos para doentes e visitantes, entrada de visitas autonomizada, corredores de circulação separados para pacientes e pessoal e um parque de estacionamento com 1.100 lugares foram outros elementos apontados. O hospital terá sete pisos e deverá ter 550 camas, com possibilidade de atingir as 590.
Será, como realçou o secretário regional da Saúde, um hospital que dará melhores respostas a vários níveis da saúde regional, da segurança, da qualidade dos serviços prestados, da economia e da dinâmica de emprego, por exemplo. Pedro Ramos lembrou ainda o percurso do futuro hospital que, fez questão de sublinhar várias vezes, é um Projeto de Interesse Comum.
De referir ainda que o projeto final de arquitetura do futuro hospital ficará concluído até outubro, de modo a que sejam dados os passos necessários para o lançamento, ainda este ano, do concurso público para a obra.
Antes, Mário Rodrigues, médico que tem sido o interlocutor do projeto, ao nível da comissão de acompanhamento criada para esse fim, recordou que este tem sido «um processo que tem andado para a frente e para trás, desde 2003». Com os avanços que têm sido dados nos últimos anos, o responsável lembrou que o projeto arquitetónico concluído em 2016, está agora «mais detalhado do que nessa altura», graças ao trabalho da equipa da ARIPA, sendo que, agora e até ao dia 15 deste mês, os profissionais do hospital, das mais variadas alas, podem enviar para Mário Rodrigues, via email, as suas sugestões ou questões que queiram ver esclarecidas ou melhoradas no projeto em análise. Já a presidente do Conselho de Administração do SESARAM, fez questão de sublinhar que «todos os serviços serão chamados para dar as suas sugestões e contributos».
O projeto de construção do novo hospital tem um custo estimado em 340 milhões de euros e o Governo madeirense pretendia uma comparticipação de 80% do Estado, tendo o atual Governo assumido o compromisso de assegurar metade do investimento, não estando ainda definida a forma de financiamento.
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