Cafôfo apela à participação no "debate de cidadania" que decorre no próximo sábado

O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, bem como os vereadores Madalena Nunes e Bruno Martins, estiveram presentes ontem no lançamento do livro "Um olhar sobre as Obras e Providências de Reinaldo Oudinot", que foi lançado no Colégio dos Jesuítas.

A obra recupera o plano traçado para a cidade pelo brigadeiro francês, logo após a aluvião de 1803, e contou com os contributos de quatro estudiosos: Danilo Matos, João Baptista, Raimundo Quintal e Rui Carita.

Reinaldo Oudinot foi, à época, contratado para criar um plano de forma a proteger a cidade de futuras tragédias, "uma visão bastante atual, de um tema que também continua na ordem do dia", enalteceu Paulo Cafôfo. O presidente referiu que "o Funchal é uma cidade que tem riscos inerentes, com situações graves e conhecidas, que se têm vindo a agravar ao longo da última década, tanto em termos de aluviões, como de incêndios, pelo que o desafio continua a ser hoje intervir de modo a que se diminua a vulnerabilidade e a exposição das pessoas a estes riscos, tomando opções certas em termos de ordenamento de território."

Paulo Cafôfo sublinhou, a propósito, que a Câmara Municipal do Funchal promove, no próximo sábado, dia 24 de fevereiro, um debate aberto a toda a população, também no Colégio dos Jesuítas, e que terá justamente como tema central a aluvião de 20 de fevereiro de 2010, na semana em que se assinalam oito anos sobre a tragédia. Dois dos autores do livro apresentando ontem serão, aliás, oradores na Mesa Redonda "A Natureza, o Fogo e a Água, os Riscos e a Resiliência", neste caso Raimundo Quintal e João Baptista, aos quais se juntarão, ainda, Betâmio de Almeida, Fernando Curto e José Carlos Marques.

O presidente convida, assim, toda a população a estar presente na Reitoria da Universidade da Madeira, no próximo sábado, porque “este será, acima de tudo, um debate de cidadania, que constitui uma oportunidade única para abordar estes temas com especialistas de referência”, pretendendo que este seja, necessariamente, “um debate de toda a cidade.”