Vereador do CDS pede apuramento da verdade no caso de cães retirados em Câmara de Lobos
O CDS/PP de Câmara de Lobos tomou, esta tarde, uma posição sobre os acontecimentos que relatam a recolha de uma matilha numa residência do concelho a dia 15 de dezembro. Para isso, o vereador João Paulo Santos conta que recolheu informação detalhada e esperou pelos esclarecimentos da Câmara Municipal, do Tribunal Judicial e da Associação que acompanhava a situação no terreno.
Numa nota enviada à imprensa, o centrista destaca que, passados quatro dias dos acontecimentos, "existe uma certeza", a de que "houve maus tratos aos animais e provavelmente alguém terá sido irresponsável no cumprimento de uma ordem judicial".
"Conseguimos apurar que esta era uma situação que estava referenciada pela Câmara Municipal e os animais estavam a ser acompanhados por uma associação que inventariou os cães. Nesse acompanhamento, além da vacinação e cuidados de saúde básicos, forneciam alimentação", esclareceu.
João Paulo Santos adianta que recebeu a informação da associação de que "nos últimos dois meses, já tinham retirado para adoção cerca de 15 cães" e que "a situação poderia estar resolvida dentro de dois a três meses", uma vez que "já haviam contatado a Câmara Municipal a dar o ponto da situação".
"Pelos registos de imagens e relatos que nos foi chegando, podemos constatar que a Câmara Municipal não tinha meios necessários para o cumprimento da ordem judicial e por isso deveria pedir o seu adiamento. O oficial de justiça deveria ter tomado a iniciativa de confirmar os meios que se exige para uma operação desta natureza", vinca, reiterando que "os animais foram mal tratados e para que esta situação não se repita é preciso apurar as falhas e responsabilizar quem provocou este lamentável episódio que já ultrapassou fronteira, pelas piores razões".
O vereador centrista adiantou que as declarações dos responsáveis da associação “Ajuda Alimentar a Cães” "não coincidem com os comunicados da Câmara e do Tribunal Judicial".
"Os membros da Associação não fazem parte da operação, só se voluntariaram para ajudar apenas e só para protegerem os cães de um tratamento selvático", notou.
João Paulo Santos lembrou que "a indicação do veterinário é da responsabilidade da Câmara Municipal e não de uma associação que presta serviço voluntário no Concelho e a quem não se pode exigir qualquer responsabilidade".
"Ficamos importunados com o ponto oito do comunicado do tribunal judicial. Cito: 'ao contrário do que é veiculado em algumas notícias, o oficial de justiça, funcionários camarários e agentes da PSP presentes não tiveram necessidade de intervir na remoção dos animais, uma vez que a Ajuda Alimentar a Cães”se disponibilizou voluntariamente para o efeito até ao local de destino', fim de citação. Os registos de imagem mostram o contrário! Será que todas as imagens e vídeos foram manipulados? Custa a acreditar, e por isso exigimos o apuramento da verdade e a respetiva responsabilização e consequência", exigiu.
RELACIONADOS