Albuquerque inaugura centro que aumenta processamento regional de banana para 150 toneladas diárias
O novo Centro de Processamento de Banana, inaugurado hoje em São Martinho, custou 14,2 milhões de euros e tem capacidade para processar 100 toneladas de banana por dia.
O novo centro está implementado numa área de 6.000 metros quadrados e tem seis linhas de processamento, cinco convencionais e uma biológica.
A junção deste centro com o Centro de Banana da Madeira, na Ponta do Sol, aberto em 2022, aumenta a capacidade diária de processamento para 150 toneladas na Região.
Esta tarde, na inauguração do Centro de Processamento de Banana do Funchal, o presidente do Governo Regional defendeu a regulação do mercado da banana.
“Eu nunca permiti a desregulação do mercado, pela simples circunstância de que aquilo que se passou no passado não pode voltar a acontecer na Madeira”, defendeu, alegando que hoje “as exigências do mercado de exportação são de tal ordem que nós precisamos de ter uma banana processada, certificada e, sobretudo, acondicionada com todas as condições exigidas pelos padrões de consumo e de distribuição”.
Por isso, “não vou permitir que se entre em aventuras especulativas que apenas iam prejudicar os produtores, a médio e longo prazo, e para meia dúzia ganhar dinheiro”. “Não aconteceu nem vai acontecer”, avisou.
Durante esta inauguração, que começou com uma visita às novas instalações, Miguel Albuquerque disse também que a banana é o fruto mais vendido no Mundo. Só a Europa consome sete milhões de toneladas de banana por ano.
Sendo a Madeira capaz de produzir este ano 24 mil toneladas em 2023, Miguel Albuquerque disse que para acautelar os interesses regionais no mercado nacional e europeu, o Governo Regional tem feito um trabalho “não visível no dia-a-dia de concertação com Espanha e França”, no sentido de proteger os interesses da produção regional.
“Este trabalho tem sido desenvolvido ao longo dos anos, porque a França tem duas regiões produtoras de banana europeia, que são Guadalupe e Martinica, e a Espanha tem as Canárias”. Mas, no conjunto, a Europa produz apenas 600 mil toneladas. Portanto, “num universo de sete milhões de toneladas, nós estamos a concorrer em minoria com potências vindas da América do Sul, cujos custos de produção da chamada banana-dólar são muito mais baixos do que os nossos”.
“É fundamental”, por isso, continuar este “trabalho de concertação, no quadro da União Europeia, no sentido de manter as nossas quotas de mercado e defendermos a nossa banana, dentro do que é a banana europeia”, acrescentou.