Da habitual reunião semanal da Câmara Municipal do Funchal (CMF), há a destacar um reforço dos apoios sociais financeiros atribuídos já em 2023, cuja ordem de grandeza ascende a 74%.

A informação foi relatada pelo autarca, Pedro Calado, esta manhã no salão nobre da autarquia.

"Estamos a falar de um apoio a 40 associações. Este ano, nós deliberámos uma verba de 704 mil euros. Nós demos mais 300 mil euros do que tínhamos dado no ano de 2022. Estamos a fazer um reforço de cerca de 74% de aumento nas verbas do apoio social", corroborou o líder do executivo camarário.

Lembrando o momento de conjuntura económica que se vive, Pedro Calado salientou o facto de a CMF estar a apoiar mais famílias carenciadas.

Nesse sentido, elaborou: "Fizemos um esforço e apoiamos uma entidade que é a ASA [Associação para o Desenvolvimento da Freguesia de Santo António], com cerca de 225 mil euros".

Esta trata-se de uma entidade que apoia na recuperação de imóveis degradados, em termos de material, em todas as freguesias do concelho do Funchal.

"Situação essa que, para nós, tem especial relevância. Era uma entidade que, no passado, tinha sido quase que encerrada a atividade deles. O Município deixou de apoiar esta entidade no passado. Com a nossa vinda aqui, para a Câmara, fizemos questão de voltar a apoiar estas entidades, porque há muitas famílias das zonas altas, famílias carenciadas, que não têm possibilidade de fazer a recuperação das suas casas", observou.

"Achamos que é fundamental fazer este tipo de apoio, daí o incremento de 300 mil euros em cima dos apoios sociais, que demos em relação ao ano passado. O aumento de 74% tem muito a ver com o reforço que fizemos às outras associações, mas também à ASA, para permitir a reabilitação e apoio a moradias", enfatizou por último.

Dos pontos, saídos da reunião semanal, há ainda a relevar um voto de louvor ao atleta Tomás Vasconcelos de Lacerda.

A outra deliberação, a realçar, prende-se com o regulamento interno, que estabelece as normas de acordo de pré-reforma dos trabalhadores do Município do Funchal.

"O que estamos aqui a fazer é criar um regulamento interno, que permite a todas essas pessoas fazerem agora uma simulação, analisarem caso a caso e saberem se é conveniente, ou não, pedirem uma pré-reforma. Se pedirem, é analisado internamente com técnicos habilitados. É dada a justificação e seguimos a tramitação que, neste momento, já existe, quer a nível regional, quer a nível nacional".

Romina Barreto