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Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves de volta à estrada para contar mantas e milhafres

JM-Madeira

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Data de publicação
09 Março 2023
11:09

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) promove mais uma edição do Censo de Mantas e Milhafres, nos dias 1 e 2 de abril de 2023, numa iniciativa anual que pretende contribuir para avaliar o estado da população desta ave de rapina diurna.

A maior ave de rapina presente nos Açores e na Madeira é o destaque deste censo. Cada arquipélago tem uma subespécie distinta daquela que é a águia-de-asa-redonda presente em Portugal Continental, a manta (Buteo buteo harterti) na Madeira, e o milhafre (Buteo buteo rothschildi) nos Açores.

Esta ave frequentemente plana em círculos a grande altitude utilizando as correntes ascendentes de ar quente, o que a torna facilmente identificável a olho nu. É encontrada numa grande variedade de habitats, desde zonas florestais, áreas costeiras, pastagens e até mesmo em zonas urbanas. Alimenta-se maioritariamente de roedores, mas pode consumir também pequenas aves, insetos e minhocas. Infelizmente, é uma espécie que sobre com algumas ameaças como o envenenamento, a electrocussão em linhas elétricas e atropelamento.

Sendo uma ave fácil de identificar, o envolvimento dos cidadãos nas contagens tem sido frequente e tem permitido acompanhar as populações de mantas e milhafres já há mais de uma década. E, infelizmente, os resultados não têm sido animadores, pois, a cada ano contam-se menos aves. No arquipélago da Madeira a população atual de mantas é de 254 aves, enquanto no arquipélago dos Açores, estima-se que a população atual seja de 2082 milhafres.

De acordo com Cátia Gouveia, coordenadora da SPEA na Madeira, "este censo de ciência-cidadã realiza-se todos os anos, desde 2006, na Madeira e Açores, e já contou com a participação de mais de 2500 voluntários. A escassez de fundos dedicados ao estudo da espécie, reforçam a necessidade de envolvimento de novos voluntários para que possamos manter esta monitorização", volta a salientar.

Só é possível obter um volume de informação tão elevado quando os cidadãos se envolvem num projeto e dão o seu contributo à ciência, como tem sido o caso nesta iniciativa.

Para participar no censo não são necessários conhecimentos aprofundados sobre a espécie pelo que, qualquer amante da natureza é convidado a participar. O relatório com os dados anuais sobre este censo, e mais informação sobre a metodologia e forma de participar encontra-se no site da SPEA (www.spea.pt).

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