O bastonário da Ordem dos Psicólogos considera o número de psicólogos afetos ao CTA - Centro de Tratamentos de Adicções (4) aquém das necessidades face à atual realidade.

Falando ao JM, no âmbito da visita que a direção nacional da Ordem dos Psicólogos está a realizar na Madeira, Francisco Miranda Rodrigues disse que o referido serviço de tratamento "precisaria de 10 [psicólogos], pelo menos" para uma "resposta mínima à população".

O bastonário, que esteve no CTA, no Hospital dos Marmeleiros, durante a manhã, vinca que tem sido "visível" um decréscimo no número de psicólogos.

"Depois da pandemia tivemos um crescimento expectável das dependências, isso tem vindo a acontecer, o número de psicólogos é que ainda não voltou a subir quando já havia reflexos do desinvestimento, anterior à pandemia, neste tipo de serviços", disse.

No caso da prevenção, o problema dos recursos "não se coloca da mesma forma", sendo necessário, na perspetiva do bastonário, respostas mais ágeis da parte das autoridades no controlo do tráfico das novas substâncias que escapam ao controlo da lei.

Por outro lado, defende a mobilização de mais recursos humanos, com larga experiência e conhecimento, para a implementação de programas adequados às novas realidades.

Francisco Miranda Rodrigues, acompanhado de outros elementos da Direção Nacional e da estrutura regional, visitou esta tarde a UCAD - Unidade Operacional de Prevenção de Comportamentos Aditivos e Dependências da Direção Regional da Saúde, onde, entre outras questões, tomou conhecimento da nova campanha de prevenção lançada por esta estrutura dirigida pelo psicólogo Nelson Carvalho (foto).

Iolanda Chaves