A CDU criticou, hoje, a obrigatoriedade de pagamento dos parques de estacionamento sobretudo no centro da freguesia de Santa Cruz e na zona do Caniço de Baixo, junto ao litoral, garantindo que esta é uma situação que estão a gerar descontentamento entre a população.

Isso mesmo frisou, esta manhã, Duarte Martins, dirigente da CDU, durante uma ação de contacto com a população de Santa Cruz, no âmbito da qual lamentou esta decisão do executivo municipal.

"Vivemos numa altura onde temos no País e na Região uma inflação de cerca de 8,1%, numa altura onde o preço dos bens de primeira necessidade todos os dias sofrem aumentos, num momento de profunda crise, e verificamos que por parte deste executivo camarário do JPP ainda há um "presente" que é colocar a pagar parques de estacionamento no Caniço e no centro de Santa Cruz, prejudicando os Trabalhadores e o Povo", deplorou o responsável.

Segundo a CDU, o valor do parquímetro está a rondar os 0,40€ por hora, pelo que "um trabalhador que precise de estacionar o carro 8 horas por dia para poder trabalhar 22 dias por mês, pagará um valor de mais de 70€, ou seja mais caro que uma mensalidade no estacionamento do Hospital Nélio Mendonça".

"Ainda para mais ajudas, os transportes existentes no concelho de Santa Cruz não dão resposta às necessidades das pessoas, nem em Santa Cruz nem no Caniço, onde existe zonas que só existem três ou quatro carreiras por dia, fazendo com que as pessoas, para se deslocarem para o trabalho tenham de usar a própria viatura", apontou ainda.

É, assim, que Duarte Martins conclui que o executivo do JPP, em vez de "Juntos Pelo Povo", afinal é "juntos pela exploração e empobrecimento do povo".

"Diziam ser diferentes, mas afinal estão de braço dado com os mesmo do costume. Se existe falta de estacionamentos, se os estacionamentos estão sempre cheios e não existem em número suficiente, a solução passa por criar mais estacionamentos e não por colocar o pagamento dos parques existentes, porque o problema de fundo é de planeamento urbanístico", disse ainda, advogando que a população "não pode ser vítima das más políticas do JPP e dos seus antecessores".

"É preciso analisar as hipóteses e ter em conta que as autarquias são o órgão de poder mais próximo, que deverão defender as e apresentar soluções e não para defender os grandes empresários e o alto patronato, para isso já existem outras instâncias que o JPP bem conhece...", rematou.

Redação