Ensino Superior precisa de mais apoio à investigação e maior aposta na internacionalização

Iolanda Chaves

A criação de condições que permitam às instituições de Ensino Superior na Região reforçar a sua aposta na internacionalização – designadamente encontrando soluções para o alojamento – bem como a necessidade de garantir um melhor acesso à informação na área da investigação, são conclusões da reunião no âmbito do Compromisso 2030 dedicada ao tema 'Universidade da Madeira e Ensino Superior'.

A formação de um Gabinete de Apoio à elaboração dos projetos nesta área foi uma entre outras sugestõe deixadas, conforme dá conta o PSD-Madeira promotor da iniciativa.

A reunião contou com a participação da presidente da Escola Superior de Enfermagem São José de Cluny e de alguns alunos e com as representantes das áreas dos Assuntos Académicos e Qualidade, da Investigação e da Internacionalização.

Depois das reuniões internas desenvolvidas e a desenvolver na Universidade da Madeira, esta marcou o arranque da auscultação às Instituições de Ensino Superior privadas, conforme regista a coordenadora da área, Elsa Fernandes.

Ainda ao nível da investigação, a coordenadora destaca o facto de ter sido abordada, neste encontro, "a possibilidade de existir um apoio específico às Regiões Ultraperiféricas, destinado aos projetos que são desenvolvidos, designadamente na área da enfermagem, como forma de incentivar a sua continuidade e reforço".

"É também fundamental que, priorizando a investigação e a internacionalização, o Ensino Superior seja igualmente capaz de se ajustar às novas tendências e a uma realidade em que já não são apenas os jovens que procuram a formação académica mas, também, pessoas que já exercem a sua profissão e pretendem reciclar e atualizar conhecimentos ou, também, outras que procuram mudar de área, o que faz com que seja necessário garantir um modelo que corresponda, de igual forma, a estes dois tipos de procura”, sublinha.

Elsa Fernandes frisou também a necessidade de serem criadas condições que permitam a frequência da formação por parte dos profissionais que já estão em funções, inclusive em setores de atividade mais carenciados, garantindo-se a dispensa de serviço que outrora existiu.