O Dia Internacional do estudante foi hoje assinalado na Ribeira Brava através de um fórum que abordou as ferramentas disponíveis aos jovens madeirenses para uma formação além-fronteiras, com destaque para os projetos Erasmus+ e Mais Movimento.
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava relembrou que a educação de hoje nada tem a ver com a do passado, pois "estamos na era da inovação, do digital, da inteligência artificial", pelo que apelou aos alunos a "tirar o maior partido" daquilo que está ao alcance de cada um. "Tenho dito que o conhecimento é o petróleo da atualidade e esta frase não surge do acaso, pois quem tem o conhecimento voa sempre mais além", afirmou Ricardo Nascimento.
Segundo o autarca, todas estas ferramentas de intercâmbio "possibilitam aos jovens da ilha uma experiência real lá fora, permitem que o mar não seja um obstáculo". Por isso, deixou um conselho: "arrisquem sem receio, vão em frente, invistam na vossa educação, rentabilizem o investimento do vosso esforço, dos vossos pais e das entidades que apostam em vós".
O programa Erasmus+ foi abordado pela professora Elsa Fernandes da Universidade da Madeira. Segundo a docente, trata-se de uma experiência de aprendizagem importante para a formação do aluno. "Ir sozinho é revelador de coragem, de maior capacitação e mais autoestima, para além de desenvolverem competências noutras línguas estrangeiras".
Da parte da Direção Regional da Juventude, Carla Berenguer destacou a variedade de programas existentes, dando como exemplos o Programa + Mobilidade, o Eurodissey, o Corpo Europeu de Solidariedade e o Discover EU que simbolizam um "mundo de oportunidades à distância de um clique" e são "um recurso e um instrumento para pessoas e jovens que querem garantir um trilho de sucesso".
Os programas permitem crescer, evoluir e conectar com realidades de outros países. Foi o que fizeram António Henriques e Beatriz, estudantes madeirenses que se aventuraram na Polónia e em Salamanca, Espanha, respetivamente, tendo dado um testemunho da experiência vivida.
O fórum contou ainda com a intervenção do secretário regional de Educação. Jorge Carvalho focou-se nos desafios da escola em procurar dar resposta a todos os alunos, numa altura em que se vive num contexto tecnológico, sendo necessário preparar os jovens para o futuro. "Na próxima década, a partir de 2030, o mercado de trabalho será altamente tecnológico e temos de formar os jovens para essa realidade, sem esquecer as mudanças cognitivas que daí advêm".