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BE Madeira associou-se "ao grito de alerta de tantas mulheres que sofrem em silêncio"

JM-Madeira

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Data de publicação
25 Novembro 2022
18:54

No Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, o Bloco de Esquerda Madeira associou-se "ao grito de alerta de tantas mulheres que sofrem em silêncio" defendendo "nem mais 1" caso.

"A cada ano que passa os números são mais assustadores. Se por um lado indicam que há mais denúncias, também revelam que estamos muito longe de eliminar este flagelo que resulta de séculos de vigência de uma sociedade patriarcal, machista e que continua a entender a mulher como um ser subserviente e não como igual", lamentou o BE em comunicado enviado às redações.

"Desde 2004 que, em Portugal, mais de 600 mulheres foram assassinadas pelos seus companheiros ou ex-companheiros. Só este ano, já contamos com 28 assassinatos. Não são apenas números, são vidas destruídas, são nomes, são famílias, são crianças, as vítimas que ficam", recorda-se na nota, na qual se afirma que o "problema não é daquelas mulheres em concreto, é do que está mal na nossa sociedade e nas nossas instituições que permitiram que todas elas fossem assassinadas".

O BE apelou ainda à necessidade de não se "esquecer que em mais de 50% destes casos, a violência era conhecida por vizinhos, familiares e autoridades".

A nota do bloquistas sublinha também que a "violência contra as mulheres tem outras formas. É o assédio no espaço público, o colega de trabalho que levanta a voz, o companheiro que acha que deve controlar o que vestes ou com quem falas, o ex-namorado que divulga na internet as tuas fotografias íntimas, a discussão que acabou com um estalo. O assassinato de uma mulher é o pico da violência machista".

"Desprezarmos os sinais de subordinação é sermos cúmplices da impunidade. Normalizar o apalpão, o assédio sexual, a palavra alta, a foto íntima partilhada ou o ciúme, é compactuar com uma sociedade em que as mulheres não são donas do seu próprio corpo e das suas próprias vidas, como se fossem sempre propriedade de alguém", acrescenta do BE, que pede para se "ir mais além".

Neste sentido, o Bloco "defende a exigência de respostas imediatas a todas as vítimas de violência doméstica: afastar o agressor e não a vítima; reforçar o apoio durante os processos judiciais; criar juízos especializados para estes crimes; reforçar a moldura penal para esta tipologia de crimes; implementar um programa de prevenção e combate à violência contra as mulheres, que comece nas escolas".

Redação

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