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CDU diz que autarquia do Funchal "não tem dado a resposta necessária" à falta de habitação social

JM-Madeira

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Data de publicação
12 Agosto 2022
15:25

A deputada municipal da CDU, Herlanda Amado, apresentou, esta manhã, na Travessa da Malta, uma iniciativa política integrada na campanha lançada ‘Pelo Direito à Cidade’, no âmbito da preparação do Dia da Cidade no próximo dia 21 de agosto, considerando que o Funchal "não tem dado a resposta necessária" à falta de habitação social no concelho.

"Os problemas relacionados com a habitação no Funchal, é um problema crescente que afeta cada vez mais famílias do nosso Concelho. Por um lado, a falta de habitação social que ao longo do tempo a autarquia funchalense não tem dado a resposta necessária, visto que são milhares as famílias que desesperam por uma habitação condigna. Por outro lado, a impossibilidade de muitas famílias conseguirem arrendar ou comprar uma casa no Funchal.

"Viver no Funchal ou no centro do Funchal, não pode ser só para ricos", atira a deputada. "Esta afirmação é feita por muitos dos que se vêm confrontados com a crescente especulação imobiliária, que faz do Funchal um dos Concelhos mais caros do País. Dados divulgados recentemente fazem antever uma crise na área da habitação, tendo em conta o aumento previsto das rendas e o valor por m2 que ultrapassa os mil euros, onde apenas os que têm mais poder de compra conseguirão viver no Funchal", sustenta.

A deputada deu ainda o exemplo da área junto ao Largo do Pelourinho, onde se encontravam, "uma zona habitacional e com gente, mas aos poucos e devido à pressão imobiliária, foram saindo e na base de uma suposta ‘reabilitação urbana’". A verdade é que, sustentou, "as habitações construídas são apenas para quem tem um elevado poder de compra, comprovado pelo empreendimento que aqui está a ser construído", reforçou.

"A turistificação de algumas zonas da cidade, através de um modelo errado de reabilitação urbana, tem como consequências a elitização cada vez mais flagrante. E não somos apenas nós que o afirmamos. Os dados sobre a economia imobiliária revelados esta semana, assim o comprovam", apontou, sublinhando que "os funchalenses têm direito à Cidade".

Neste contexto, a CDU considera pertinente "colocar o direito à cidade como objetivo de uma nova ação política, enquanto componente de uma nova intervenção reivindicativa no Funchal. Porque não há direito à Cidade quando o urbanismo não garante casa na Cidade a quem é do povo", concluiu.

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