No discurso que fez esta tarde por ocasião do encerramento do Festival Regional de Folclore '24 Horas a Bailar', o presidente da Câmara Municipal der Santana, Dinarte Fernandes, disse que o modelo deste certame tem de ser repensado.

"É, de facto, muito trabalhosa, quer a organização, quer a logística. É necessário pensarmos nas ’24 Horas a Bailar’, um evento que trazia milhares de pessoas a Santana e que fazia parte dos melhores cartazes festivos da RAM, mas nos últimos anos temos perdido público", reconheceu.

No entender do autarca, há que oferecer aos grupos folclóricos e à população "uma melhor programação", para que "todo o esforço que é feito possa culminar com uma multidão" na praça que recebe este festival.

Desta feita, Dinarte Fernandes considera que, findado esta edição, haverá "oportunidade para refletir, juntamente com a Secretaria Regional da Agricultura, que é quem tem a responsabilidade na programação deste evento", o que há a fazer para melhorar este certame.

Por seu turno, Humberto Vasconcelos, secretário regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, respondeu às críticas do autarca de Santana, afirmando que este festival deve manter-se dentro do mesmo prisma.

"Nós não queremos ter aqui durante o dia músicos que tragam música que não é a nossa tradição. Nós queremos folclore e vamos continuar a ter", atirou.

"Se estamos aqui, e por vezes incompreendidos, foi porque o Governo regional tomou medidas difíceis e muitos autarcas não quiseram ouvir e por vezes discordaram dessas medidas, que foram certas, no momento certo para defender a população da RAM", concluiu.

Edna Baptista