Num mundo em que crianças vivem ou morrem na guerra, outras crianças, apesar de protegidas pela paz, não estão alheias dessa realidade cruel. Através do seu olhar e da sua interpretação do mundo, conseguem mostrar o quanto ‘vivem’ também o conflito que retirou milhões de pessoas das suas casas, na Ucrânia.
Na Madeira, alunos da Escola Básica do 1º ciclo com Pré-Escolar da Pena, no Funchal, perto de uma centena de crianças foram ‘apresentadas’ de uma forma pedagógica e simples, adequada às suas idades, à guerra que atinge a Ucrânia, por invasão da Rússia, tomando consciência que há milhares de crianças que deixaram de ter casa e acesso à educação.
E a forma como expressaram as suas emoções perante essa realidade resultou em desenhos impressionantes, comoventes. Em vez das habituais pinturas do imaginário infantil, o papel ganhou imagens de guerra, de perda e de morte, pintadas por crianças desde o primeiro ao quarto ano escolar.
A par disso, os meninos e meninas da Escola da Pena mostraram o seu espírito solidário e inclusivo, reagindo de forma positiva ao desafio que lhes foi lançado pelo professor Marco Andrade, da disciplina de Inglês, mas, desta feita, na vertente extracurricular e com o objetivo de se refletir sobre a importância da paz. Há sempre uma cadeira para uma criança refugiada, para que esta tenha acesso à educação, como ficou patente no projeto dinamizado pelo docente e cujos trabalhos de desenho e de interpretação ficaram expostos na escola para serem vistos por toda a comunidade educativa. Neste projeto, as crianças da pré também contribuíram com a orientação das educadoras.
Leia mais sobre este projeto dinamizado na Escola EB1/PE da Pena, na edição impressa do JM deste domingo.
Paula Abreu