Crianças da Escola da Pena ‘pintaram’ a guerra e ‘arranjaram’ cadeiras para refugiados (com fotos)

Paula Abreu

Num mundo em que crianças vivem ou morrem na guerra, outras crianças, apesar de protegidas pela paz, não estão alheias dessa realidade cruel. Através do seu olhar e da sua interpretação do mundo, conseguem mostrar o quanto ‘vivem’ também o conflito que retirou milhões de pessoas das suas casas, na Ucrânia.

Na Madeira, alunos da Escola Básica do 1º ciclo com Pré-Escolar da Pena, no Funchal, perto de uma centena de crianças foram ‘apresentadas’ de uma forma pedagógica e simples, adequada às suas idades, à guerra que atinge a Ucrânia, por invasão da Rússia, tomando consciência que há milhares de crianças que deixaram de ter casa e acesso à educação.

E a forma como expressaram as suas emoções perante essa realidade resultou em desenhos impressionantes, comoventes. Em vez das habituais pinturas do imaginário infantil, o papel ganhou imagens de guerra, de perda e de morte, pintadas por crianças desde o primeiro ao quarto ano escolar.

A par disso, os meninos e meninas da Escola da Pena mostraram o seu espírito solidário e inclusivo, reagindo de forma positiva ao desafio que lhes foi lançado pelo professor Marco Andrade, da disciplina de Inglês, mas, desta feita, na vertente extracurricular e com o objetivo de se refletir sobre a importância da paz. Há sempre uma cadeira para uma criança refugiada, para que esta tenha acesso à educação, como ficou patente no projeto dinamizado pelo docente e cujos trabalhos de desenho e de interpretação ficaram expostos na escola para serem vistos por toda a comunidade educativa. Neste projeto, as crianças da pré também contribuíram com a orientação das educadoras.

Leia mais sobre este projeto dinamizado na Escola EB1/PE da Pena, na edição impressa do JM deste domingo.