O Largo do Colégio acolhe esta tarde uma manifestação a favor do aborto e dos direitos das mulheres.
Um grupo de jovens estudantes afetos à Escola Dr. Horácio Bento de Gouveia, reuniu-se no Largo do Colégio, ao início da tarde de hoje, para chamar a atenção da sociedade civil para a livre escolha no aborto e ressalvar os Direitos das Mulheres.
Com o intuito, portanto, de sensibilizar a população, uma das promotoras do evento que juntou uma dezena de jovens no local, Isis Gouveia, estabeleceu um paralelo com a realidade americana, para alertar para a necessidade de "combater a desinformação" que, no seu entender, persiste e para que o País não regrida nesta questão, como se verificou nos EUA.
"Apesar do aborto ser legal em Portugal desde 2007, também nos EUA era legal há 49 anos e numa decisão de três meses deixou de ser", evidenciou a estudante de 15 anos numa clara alusão ao facto de o Supremo Tribunal dos EUA ter acabado, a 24 de junho, com o direito ao aborto. Uma decisão envolta em polémica e que coloca termo à lei implementada em 1973, «Roe v Walde".
Para a aluna do 9.º ano estas iniciativas revestem-se de sentido por vários motivos: "A Madeira seria também um lugar mais conservador e devíamos lutar para combater a desinformação que há em relação ao aborto. Muita gente acha que é matar uma vida. Eu acho que nós devíamos de estar mais preocupados em informar as pessoas, em avisar as pessoas do que realmente isto é, combatendo os direitos de escolha das mulheres", justificou.
No mais, considera que a legalidade do aborto evita "haver tantas crianças em lares, a sofrer maus-tratos", dado que as mulheres podem deliberadamente interromper uma gravidez indesejada.
Romina Barreto