Depois de três anos ‘sem terra à vista’, devido ao interregno imposto ao Mercado Quinhentista pela covid-19, Tristão Vaz Teixeira e João Gonçalves Zarco ‘voltaram’ a desembarcar em Machico perante uma multidão.
Mais de meia hora antes de este momento simbólico se iniciar, eram já inúmeras as pessoas que se preparavam para receber a nau dos navegadores portugueses na promenade maquichense. Ocupando lugares nos muros, no cais até na praia, a pouco e pouco esta baía e encheu-se de centenas de espectadores, ansiosos por ver regressar esta dramatização histórica, que é um dos pontos altos do segundo dia do Mercado Quinhentista, que anima este município até amanhã, dia 5 de junho.
"Pai, já estão a chegar?", perguntavam ansiosamente duas crianças, que, juntamente com os restantes visitantes, estavam de olhos postos no mar para rememorar o início da história da ilha da Madeira
"Já la vem", começou a ouvir-se por entre os visitantes assim que a nau Santa Maria começou a surgir no horizonte, quando o relógio já marcava 16h35.
Ao som de sinos, foguetes e de sonoridades tipicamente média vais, o navio foi-se aproximando do cais, fazendo-se o desembarque à moda dos tempos de outrora.
No cais, a animação continua com atuações e figurantes vestidos a rigor.
Edna Baptista