A missa das 11h00 deste domingo na Igreja de São Sebastião, em Câmara de Lobos, ficou marcada por um episódio relatado ao Jornal por fiéis como "triste" e "repugnante".

A situação, muito comentada no adro da Igreja após o fim da missa, foi protagonizado pelo padre Marcos Pinto.

Uma criança, com cerca de 13 anos, subiu ao ambão (local destinado às Leituras) para ler a Primeira Leitura, sendo que no final da mesma saiu do local sem concluir com a habitual expressão "Palavra do Senhor", acrescenta fonte que assistiu à missa.

Além disso, quando o jovem se dirigia para o banco onde estava sentado, na companhia da catequista, não fez a devida vénia ao pároco, que estava sentado no altar. "De imediato, o padre Marcos levanta-se, retira a máscara do rosto, e num tom autoritário" chama o rapaz e diz-lhe para voltar ao ambão para concluir a Leitura, isto é, dizer a expressão "Palavra do Senhor".

Depois, adianta, "refere que ele tem de fazer a devida vénia" perante o padre. "Finge que eu sou o presidente e quando acabas de ler ajoelhas-te", terá dito o sacerdote perante toda a igreja. Isto enquanto fazia o procedimento pedindo ao jovem que o imitasse, revelam fiéis ao JM.

"Depois, mandou o rapaz se sentar e voltar ao ambão para reproduzir o procedimento correto novamente, sozinho, e obrigou-o a ler de novo, algo que a criança se recusou a fazer."

Perante esta atitude, gerou-se um mal-estar na Igreja, com os fiéis incrédulos com o sucedido. Já durante a homilia, o padre Marcos voltou a falar do assunto, visto que era visível o desconforto que se sentia, entre jovens, crianças e adultos. Mais tarde, ainda perguntou à criança, "que estava visivelmente abalada e envergonhada, se queria pertencer ao grupo dos leitores."

No final da missa, no adro da Igreja, a atitude do pároco era tema de conversa, com pais a dizer que "filho meu nunca vai ler com este padre a celebrar a missa", pois com estas "atitudes ele só está a afastar as pessoas da Igreja".