O secretário de Estado das Comunidades, Paulo Cafôfo, termina hoje uma visita de cinco dias a França, país que acolhe a maior comunidade de emigrantes portugueses.

Em declarações ao JM, Paulo Cafôfo disse que a sua primeira visita ao exterior nas novas funções foi "intensa" e de "muito trabalho", pois envolveu "muitas reuniões" com os representantes diplomáticos, embaixador e cônsul-geral, e com os representantes das autarquias, particularmente daquelas onde a presença dos portugueses é mais forte.

"Foram mais de 30 encontros que aqui tive", sem contar com os contactos com a embaixada, os consulados e os conselheiros das comunidades, e todos foram "muito profícuos", sinalizou.

A visita à França faz parte do roteiro ‘Portugal no Mundo - os caminhos para a valorização das comunidades portuguesas’, que Paulo Cafôfo denominou no arranque do mandato, e que vai traduzir-se em mais visitas às comunidades portuguesas espalhadas pelo Mundo.

O objetivo é que o contacto direto com os emigrantes permita verificar in loco os problemas das comunidades, mas também é um sinal de valorização da diáspora portuguesa, "única no Mundo".

"Não há mais nenhum país que tenha esta ligação direta e tão afetiva", alegou.

O secretário de Estado das Comunidades destacou, por outro lado, o poder económico que hoje a comunidade portuguesa tem na França, muito mais robusto do que o gerado pelas primeiras gerações de emigrantes que chegaram àquele território numa condição vulnerável.

Apesar de a imagem de que os portugueses são "honestos" e "trabalhadores" não se ter alterado de uma geração para a outra, Cafôfo observa que as novas gerações já "são especializadas" e com "qualificações", em diversas áreas. "Estas pessoas constroem Portugal lá fora", sublinhou.

Alberto Pita