Na abertura do Parlamento Jovem, hoje direcionado para o ensino secundário e agregando 42 jovens deputados, em representação de 14 escolas de todo o arquipélago, José Manuel Rodrigues vincou os "impactos negativos que as ‘fake news’ podem ter na democracia" convidando os jovens ao exercício de "um cultura de literacia" para saberem distinguir "o que é credível e proveniente de comunicação social de referência", aconselhando-os a que "nunca acreditem numa notícia na net à primeira se não tiver a chancela dessa comunicação social de referência".

Considera mesmo ser esse um desafio desta geração. Jorge Carvalho alinhou pela mesma tónica, acentuando que "esta é uma geração digital e está devidamente preparada e com capacidade de escrutínio. Nunca uma geração esteve tão preparada como está". Também Jorge Carvalho alertou para os perigos para a democracia derivado das notícias falsas, referindo que "o estado de organização das sociedades tem vindo a diminuir, hoje temos menos democracias do que tínhamos no que início do século".

Depois, passou-se à tomada de posse da Mesa, liderado por Anabela Santos, tendo como secretários Carlos Figueira e Margarida Freitas, tendo-se dado início aos trabalhos, com um período de interpelações a Sara Madruga da Costa, maioritariamente indagado acerca daquilo que vai sendo feito em matéria legislativa na Assembleia da República para evitar as ‘fake news’. Sara Madruga da Costa lembra que as ‘fake news’ não são um fenómeno novo, mas que ganhou outra dimensão com a proliferação das redes sociais. "A educação é uma grande arma para saber combater, para saber distinguir o que é verdadeiro do falso", considerando que acima de tudo essa distinção tem de ser feita pelos cidadãos.

David Spranger