O Bloco de Esquerda - Madeira considerou hoje "imprescindível" que o governo responda às necessidades do país, elevando o conhecimento e valorizando o trabalho e os salários.

"É fundamental apostar em empregos qualificados com direitos e salários dignos para um crescimento sustentável da economia, e com respeito pela vida familiar", defendeu, este domingo, Neli Azevedo, candidata do BE às eleições legislativas nacionais.

Conforme recordou a bloquista, "a pandémica veio agravar e deixar expostos muitos dos problemas com que Portugal já se debatia na área do trabalho", daí que seja urgente que "aprendamos com os nossos erros e que tenhamos respostas acertadas para recuperação do rendimento do trabalho e combate à precariedade".

"A estratégia seguida até agora por muitas empresas de baixar os "custos do trabalho" serviu apenas para desmotivar e empobrecer os trabalhadores e as trabalhadoras, beneficiando somente o lucro das entidades patronais. O recurso generalizado ao "outsourcing" apenas veio reforçar a precariedade no mundo laboral e os despedimentos em massa. As empresas de trabalho temporário são uma forma muito moderna de escravatura", lamentou, recordando que cerca de 25 % dos trabalhadores em Portugal auferem do Salário Mínimo Nacional e o salário médio encontra-se "estagnado".

"Em pleno século XXI, com tanto avanço tecnológico e para uma geração de jovens, que é a mais qualificada de sempre, continuamos a ter salários que não lhes permitem ter uma casa e ser independentes, muito menos constituir uma família. Tanto sacrifício dos pais para os jovens estudarem, e no fim deparam-se com um trabalho que não lhes garante futuro", aditou ainda, condenando que esta situação conduz os "trabalhadores à pobreza", impedindo que tenham trabalhadores à pobreza.

Edna Baptista