No Porto Santo, decurso da sua intervenção na tomada de posse dos novos órgãos autárquicos para o quadriénio 2021/25, liderados por Nuno Batista, na presidência da Câmara Municipal, o presidente do Governo Regional não se poupou nas críticas ao ‘retângulo’.

Miguel Albuquerque constata que "este tempo novo que vivemos impõe a coragem necessária para enfrentarmos grandes desafios", detetando que "a Madeira está neste momento numa encruzilhada. Uma encruzilhada institucional que impõe a tomada de decisões e a coragem de enfrentar os desafios".

Todavia, "infelizmente vivemos num país que não cresce economicamente há mais de 20 anos, um país que está sendo ultrapassado em termos de rendimento per capita e rendimento coletivo pelos nossos principais parceiros, e mesmo aqueles que entraram a partir de 2044 na União Europeia, que neste momento estão a nos ultrapassar em riqueza, e estamos a viver num país que vai empobrecendo gradualmente, onde o rendimento dos cidadãos, onde a riqueza produzida, é cada vez menor. E isso impõe grandes sacrifício crescentes para as famílias, para a população e para os trabalhadores".

"Este bloqueio institucional que vivemos", prosseguiu, "necessita de ser enfrentado. E é evidente que é difícil enfrentar estes bloqueios, quando vivemos numa sociedade onde se privilegia o imobilismo. Onde temos uma população envelhecida e uma classe política que é avessa às mudanças. A classe política nacional vive numa bolha, desligada da realidade. Está completamente desconexada das novas gerações e olhar para o futuro do país é algo que custa, mas temos mesmo que olhar para o futuro".

Por David Spranger