A secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, defendeu, esta manhã, na Assembleia Legislativa da Madeira, um decreto legislativo regional que vem aprovar o novo regime jurídico da Reserva Natural das Ilhas Desertas.
Para Susana Prada, o objetivo "é tornar mais eficaz a sua gestão e contribuir para uma maior proteção daquela que será, proventura, a espécie mais emblemática da Região, o Lobo Marinho".
"É necessário dar continuidade às medidas de proteção destes animais e do seu habitat, adaptando-as às ameaças que foram surgindo, de forma a reforçar o crescimento do efetivo populacional na Região", indicou a governante. "A nossa Estratégia de Conservação do Lobo Marinho, em linha com o plano para a conservação da espécie no Atlântico Oriental, desenvolvido por Portugal, Espanha, Marrocos e Mauritânia, sustenta as ações que a Região tem vindo a tomar."
Neste sentido, Susana Prada frisou que o Governo Regional pretende "eliminar, definitivamente, nas ilhas Desertas, a pesca por armadilha, a arte de pesca mais lesiva para estes animais, chegando a colocar em risco a sua vida".
"De igual forma, a restrição total da pesca na área crítica de reprodução, a Ponta da Tabaqueira, permitirá reduzir a presença humana e os riscos a ela associados, em particular nas épocas de acasalamento e de nascimento dos animais", acrescentou.
"Estas são as principais alterações propostas para a Reserva Natural das Ilhas Desertas. O seu objetivo é claro, dar continuidade à estratégia de preservação e recuperação do lobo-marinho na Região, uma das maiores colónias do mundo, através do reforço das medidas de proteção da espécie", frisou a secretária regional.
Marco Milho