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USAM diz ser "completamente falso" que desempregados recusam ofertas de trabalho

JM-Madeira

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Data de publicação
27 Agosto 2021
11:45

O coordenador da União dos Sindicatos da Madeira (USAM) afirmou hoje ser "completamente falso" que os desempregados recusam propostas de trabalho para continuarem a beneficiar de subsídios, vincando que a ideia foi posta a circular pelos grupos económicos.

"Há uma nova moda, passada pelos grupos económicos e pelos patrões, de que há trabalhadores no desemprego e que não querem trabalhar", disse Alexandre Fernandes, garantindo que "tal não corresponde à verdade", pois as ofertas de emprego disponíveis "não vão ao encontro dos reais direitos dos trabalhadores".

O sindicalista falava em conferência de imprensa, frente ao Instituto de Emprego da Madeira, no Funchal, na qual indicou que as propostas de trabalho são, habitualmente, "lesivas" dos direitos dos trabalhadores e da legislação laboral em vigor.

"Neste momento, há um ataque ao trabalho com qualidade e com direitos", referiu, explicando que a maioria das ofertas disponíveis apontam para contratos sem vínculo, horários desfasados e local de trabalho incerto.

"Aquilo que querem fazer são os nómadas laborais", criticou. E reforçou: "Estão a ser feitos ataques aos trabalhadores como não víamos desde o tempo em que a troika esteve no nosso país."

Alexandre Fernandes indicou que, de acordo com os dados oficiais, mais de 18.000 madeirenses estão inscritos do Instituto de Emprego, mas apenas 6.000 auferem subsídios, pelo que a USAM insiste em "desmistificar" a ideia de que os desempregados recusam propostas de trabalho.

"Isso é completamente falso", declarou.

O coordenador da USAM, organismo que agrega cerca de 80% das estruturas sindicais da região autónoma, disse ter solicitado reuniões ao Governo Regional e ao Instituto de Emprego para expor as queixas dos desempregados e apresentar soluções, mas, passados três meses, continua sem resposta.

"As nossas soluções passam sobretudo pela formação profissional e por garantir aos trabalhadores contratos com vínculo", afirmou.

Lusa

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