Luís Martins, perito nomeado pelo Ministério Público para averiguar as incidências que conduziram aos trágicos acontecimento ocorridos no Monte, em 2017, questionou, em declarações ao JM, a razoabilidade da decisão de segurar com um cabo de aço o plátano que caiu domingo no Largo da Fonte.
Luís Martins diz ter algumas dúvidas em relação à eficácia dos cabos de aço neste caso em especifico, mencionando que este tipo de suporte serve, habitualmente, para prevenir queda de pernadas [ramos de primeira ordem, os de maior porte] e não para precaver situações de quedas ao nível do colo da árvore.
"Este é um plátano já com uma certa idade, de grande dimensão, não sei até que ponto um cabo de aço, da forma como estava, seria suficiente para prevenir uma queda do colo. Geralmente as ancoragens [ligações para prevenir alguma situação de acidente] que se fazem nas árvores, são feitas para prevenir a queda das pernadas, menos para situações ao nível do tronco, da raiz ou do colo [zona entre a raiz e o tronco]. Quando há algum problema ao nível do colo, os cabos habitualmente não são suficientes, temos que ir por outro tipo de intervenções", constata o perito, dando como exemplo "as podas".
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